O AUTO RETRATO DE BENGUELA
No Quilombo do Piolho
Sem local de nascimento
Brota a própria guerreira
Que singra a subsistência.
A História do Quariterê
Gira Teresa de Benguela
Tão sucessão da região
Vira a Rainha Negra.
Numa célula Vila Bela
Supre via de defesa
Alinha monarquia de regras
Vez comunidade de resistência.
No quina do pantanal
Eleva ação de víveres
Para esperança de liberdade
Ora lavoura de resistência.
O conto da missão
Sem o final feliz.
Todavia, mutação de andança
Há lição de experiência.
Na real afro-latino-americana e Caribenha
Reveste nome da líder
Em 25 de julho,
A emissária mulher negra.
Tal dia consciência negra
É precursora da escravidão
Tão baque de encalço
Expôs minúcias da luta.
Contra algema do agora
A missão de conhecimento
No auto retrato da gente.
Faz pelejar de consciência
Prof. Gilberto Moura