O AUTO RETRATO DE BENGUELA

No Quilombo do Piolho

Sem local de nascimento

Brota a própria guerreira

Que singra a subsistência.

A História do Quariterê

Gira Teresa de Benguela

Tão sucessão da região

Vira a Rainha Negra.

Numa célula Vila Bela

Supre via de defesa

Alinha monarquia de regras

Vez comunidade de resistência.

No quina do pantanal

Eleva ação de víveres

Para esperança de liberdade

Ora lavoura de resistência.

O conto da missão

Sem o final feliz.

Todavia, mutação de andança

Há lição de experiência.

Na real afro-latino-americana e Caribenha

Reveste nome da líder

Em 25 de julho,

A emissária mulher negra.

Tal dia consciência negra

É precursora da escravidão

Tão baque de encalço

Expôs minúcias da luta.

Contra algema do agora

A missão de conhecimento

No auto retrato da gente.

Faz pelejar de consciência

Prof. Gilberto Moura

Gilberto Moura
Enviado por Gilberto Moura em 15/05/2020
Reeditado em 24/09/2020
Código do texto: T6948397
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