Tecendo...

Quando a vida embaralha os planos,

E sente o fio escorregando pelos dedos,

Você improvisa – ameniza esses danos -

Superando com arte, afugentando os medos.

Trançando a fé, com a esperança e o amor,

Matéria-prima que te sobra no peito,

Usa um fio perfeito, ou seja lá qual for.

Enfeita o agora – para cada dor, dá um jeito.

Vivendo, sentindo e AMARRANDO,

Pode mudar o curso... sempre há conserto!

Nesses nós, onde a força vai se formando,

Encara a necessidade de cada “aperto”.

Numa vida em que se gasta tempo tecendo,

Até os restos não se pode desperdiçar!

Com suas mãos, você segue aprendendo

A valorizar cada fio, enlaçado em seu lugar.

E, a partir do que talvez “nem era para ser”,

Você cria um caminho novo...diferente!

Que beleza haveria se você não pudesse tecer

Para ornar a si mesma e transformar o seu presente?

Dedicado à minha irmã e Afilhada Elaine de Oliveira Paula.