Tocando Violão.

Dia seis de setembro de 2015, finalmente o meu violão havia ficado pronto. Eu e o Professor Sérgio, o Serjão, fomos buscar o meu violão no conserto de um senhor japonês. Claro que conhecido popularmente como japa. Havia ficado lindo, perfeito, um violão da marca Trovador, que a minha mãe havia ganho de presente de casamento no ano de 1982, cinco anos antes de eu nascer. O Professor inverteu as cordas para que eu tocasse do lado esquerdo, mesma situação do violão do Paul McCartney . Há pouquíssimas quadras da Escola de Música Fusion, situada em Apucarana, no norte do Paraná. Fui visitar o meu tio Homero, conhecido popularmente como tio Béio. Passei uma boa parte da tarde com o meu tio antes de ir para a faculdade. Conversando sobre vários assuntos, até que ele me perguntou as músicas que eu já sabia tocar. Citei alguns exemplos como sambas-enredo, algumas músicas da Paula Fernandes. Em um determinado momento, ele pegou o violão, porque também sabia tocar e me disse: eu vou te ensinar uma música que era do meu tempo que você não conhece, é do Vicente Celestino. Eu particularmente não tinha ideia de quem era esse cara. Assim que eu passei o violão para ele, começou a cantar: " tornei-me um ébrio na bebida busco esquecer, aquela ingrata que eu amava e que me abandonou, apedrejado pelas ruas vivo a sofrer"...

Eu fiquei pensando: o que o meu tio tá cantando? Não estava entendendo nada. Era uma música chamada "O Ébrio", imensa e que parece não ter fim, mas deve ter sido a precursora da atual sofrência que muitos cantores adoram atualmente.

Vinicius Moratta
Enviado por Vinicius Moratta em 06/01/2021
Reeditado em 06/01/2021
Código do texto: T7153818
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