HISTORIA DE NOSSO FUSCA PARTE 2 - ABASTECENDO A DISPENÇA.

Era rara a vez em que seu Valdemar saia no fusca e na volta não trazia alguma surpresa, ou até mesmo as compras ou rancho da semana.

Sempre que entrava na garagem e ao se encontrar com o primeiro filho, já ia dizendo:

- Vá descarregar o carro.

As vezes a ordem vinha com uma recomendação, não vá quebrar os ovos ou amassar as bananas, cuidado que hoje a melancia ou a jaca é grande.

O percurso que o escolhido fazia era sempre o mesmo, abre a porta do passageiro, deita o encosto do banco entra no carro, e retira as compras que estavam atrás do banco traseiro, lá naquele vazio onde era reservado para as caixas de som do carro, só que no caso do fusca de seu Valdemar não havia estes aparatos de som e sim e somente o vazio que formava uma espécie de pequeno porta malas.

Aquele espaço, com o tempo foi definido pelo pai como o “buraco da fartura”, e sempre que chegava, por força do habito já olhávamos de fora pelo para brisas trazeiro, se havia algo no digamos, porta rancho.

Quando o clima não estava tão quente, a mais novinha viajava, mas confortável que os outros passageiros, no buraco da fartura.