MAMÃE

Rasgo-me!
Enlouqueço,
Viro “onça”, padeço,
No apreço
D’esse amor.

Eu me queimo,
Eu me atropelo
E me revelo
Sem razão,
Na hora em que a emoção,
Faz esquecer-me.

Torno-me uma louca amante
Uma “loba” gigante
Quando estou diante
Do sofrer de um filho.

N’estas horas...
Sou feroz,
Ademais, sou feliz!

É isso mesmo!
Sou eu,
Mãe.
                             Ênio Azevedo
Luciênio Lindoso
Enviado por Luciênio Lindoso em 06/05/2021
Código do texto: T7249327
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