In memoriam

Plagiando, a Academia Brasileira de Letras, digo neste momento, que aqui dorme um poeta escritor galáctico e inquiridor, inquiridor das almas, dos sentimentos e das reflexões. Pudesse ele falar, calado ficaria a nos olhar, nos impondo dúvidas nos conceitos diversos da vida e da morte. Brincava com as palavras e nos fazia rir com as suas tiradas; mas hoje, se pudesse nos pregaria uma peça e, em detrimento ou não de estar preso a uma das Leis do Criador, talvez se levantasse para dizer que não podemos nos arredar das lutas, essas que nos une em vida, imprescindíveis, e que são neste momento separadas pela morte. Mas, morte de quem? Do poeta, do corpo, da alma? A alma não morre e com ela vão agregados todos os sentimentos, afetos, amores e amizades, estes penduricalhos colhidos no percurso da vida que balangadam na entrada da porta do céu anunciando a chegada de um grande amante da cultura e eu, só desejo ouvir Jesus dizer: Pedro, abre a porta e deixa entrar! É o nosso querido irmão Rafael Diamante...

Vicente Freire

07 de julho de 2021