AOS PROFISSIONAIS JOVENS DA SAÚDE DE SÃO PAULO

HOMENAGEM AOS JOVENS LINDOS DA SAÚDE DO MEU ESTADO,

DA MINHA CIDADE E PARTICULARMENTE DO MEU BAIRRO!

Tomei ontem a segunda dose da Pfizer, vacina contra nossa algoz de mais de dois anos, a COVID 19.

Sempre que a gente entra numa fila, de banco, de supermercado, de lotérica, nessas filas da vida cotidiana, a gente tem muita coisa pra ver e aprender. Sobre o ser humano falho e infantil que a gente ainda é!

Fiquei quase três horas na fila, às vezes no sol, que não esquentava quase nada, 'tadinho, às vezes no vento e quando cheguei lá, o povo estava todos juntinho e “aglomerado”, fugindo do frio. Procurei manter distância de um braço pelo menos da senhora da minha frente e aguardei... O moço atrás de mim quase me fazia sentir sua distância de um palmo de mim e ele pediu pra eu avançar na fila porque eu estava muito longe da minha antecessora. Expliquei que era por causa da distância que tínhamos que manter: estamos numa pandemia. Ele ironizou e disse que ninguém mais tinha que fazer isso, que era bobagem. Olhei para frente e mantive a minha distância. Vendo a minha distância, as senhoras na minha frente, que estavam bem juntas, começaram a conversar entre si e fizeram a mesma coisa que eu, procuraram ficar distantes umas das outras, à distância de mais ou menos um braço também, embora estivesse batendo um papo bem amigável. Eu não disse nada, mas gostei da atitude.

Quando estávamos chegando bem perto da porta do atendimento, faltavam mais ou menos dez pessoas pra chegar em mim, um funcionário, encasacado e elegante veio nos orientar para ficarmos distantes uns dos outros pelo menos um metro e não aglomerar, como deve ser. Todos obedeceram prontamente. Nem olhei para trás. Havia uma senhora atrás de mim, que conversava com meu colega de trás, quase tocava meu ombro e não obedeceu, se fez de desentendida. Não liguei.

Continuei minha jornada passo a passo até minha picadinha salvadora!

Mas não estou aqui pra falar de gente “sem noção”, estou aqui pra falar de bênção!

Há nesse mundo pessoas que não aparecem na mídia pelo seu trabalho digno, pelo seu pensamento correto, por agir pensando sempre no outro sem hesitação. E eu tenho visto muito isso, graças a Deus. São os homens maravilhosos que recolhem o lixo que a feira na frente da minha casa deixa toda quinta-feira, além de varrerem e deixarem minha calçada limpinha!; os carteiros que trazem minha correspondência, sempre, eu disse SEMPRE, com um sorriso imenso nos lábios; os entregadores de refeição que às vezes chegam sob a chuva torrencial à noite e nunca reclamam. Esses eu faço questão de agradecer.

Os três jovens que me atenderam na UBS onde eu fui tomar minha vacina, com um sorriso no rosto, Gabriela (Garra), Camila (Carinho) e Juliano (Juventude), me chamando pelo nome como se me conhecessem há anos, são outra prova de que ainda há no mundo pessoas decentes que querem o bem de todos. E esses profissionais querem, senão não estariam ali, servindo a gente.

Deus abençoe a todas e cada uma dessas pessoas.

Por causa delas, o mundo ainda tem jeito!