Ela torceu o nariz e ele viveu 100 anos

Viveu um século, literalmente.

Por causa dele uma mulher ficou famosa torcendo o nariz.

A mulher era uma estrela chamada Elizabeth Montgomery.

Enquanto ela brilhava como estrela, ele era Sol. Sim, esse era o seu primeiro nome. Sol Saks era como se chamava homem que criou a personagem da série “cult” conhecida aqui no Brasil como “A Feiticeira”. Na verdade, ele somente teve o trabalho de idealizar o primeiro episódio. Depois disso, dividiu a tarefa com outro autor a quem incumbiu de escrever todas as temporadas. Em seguida, passou toda a vida (que durou exatos 100 anos) vivendo dos chamados “royalties”, e isso traduzindo em miúdos é o mesmo que: “pelo contrato, eu ganho também toda vez que alguém ganhar com minha ideia”.

E ele até reconhecia que havia se inspirado de forma geral em um filme de 1942 chamado “Eu Casei Com Uma Bruxa” (I Married a Witch). Depois houve uma questão sindical que dava a ele a autoria por ter sido quem escreveu o episódio piloto.

Eu diria que, na verdade, ele provavelmente era o feiticeiro de fato. Isso porque não houve como outros reverterem a situação autoral que transformou em lucrativos (para ele) os 100 anos que viveu. Mas, apesar de ser essa apenas uma teoria minha, ninguém pode negar que todos que trabalharam na série lucraram com esse sucesso mundial da mesma, a qual nem mesmo foi ofuscada quando um filme foi lançado, desta vez estrelado por Nicole Kidman, em 2005, e que foi todo baseado no mesmo roteiro televisivo.

A série da TV (que foi produzida entre os anos de 1964 e 1972) e o referido filme (dos anos 2000) mostravam a feiticeira mexendo (ou torcendo) o nariz para produzir seus feitiços de acordo com o que ela queria que acontecesse instantaneamente.

Esse simpático escritor americano era formado em jornalismo, como também já havia se consagrado como um hábil roteirista e até foi radialista, vindo a falecer na data de 16 de abril do ano 2011.

Quanto à linda atriz original Elizabeth Montgomery, ela foi quem ajudou a imortalizar a ideia de que: “eu não acredito em bruxas, mas que eu gostaria de ter uma esposa dessas (sim!)... bem que eu gostaria”!