OI, MULHERES!

Escrevo-vos para dizer que hoje eu estava tomando um caldo, em algum lugar, extremante arrependido de ter acrescentado seis gotas de molho de pimenta, que desgosto, e, ao mesmo tempo, feliz porque consegui algumas peças para consertar a minha coluna e pensando no que escrever para as mulheres já que para quase toda direção que eu olhava tinham fenômenos que davam conta da grandiosidade de ser mulher. Mas o que me encantou foi uma livraria sem paredes que me ganhou de um só golpe pelas homenagens ao dia da mulher. Lá fui eu na direção dos mistérios do mundo dos livros. De longe, apesar da miopia, já avistei a capa de uma obra, – O conde de Monte Cristo –, que estremeceu o meu ego. Foi assim que comecei a compartilhar aquela injustiça com um e com outro, aquela capa era para mim de um livro de título O homem e Terra, que possui uma substantivação masculina que faço algumas críticas. E para uma pessoa que eu debatia disse: – Isso aí é a capa do livro Viagem ao Harz. Depois de muito pesquisar e ler alguns textos desvendei aquele mistério. Aquela é uma obra de arte do artista alemão Caspar David Friedrich – Caminhante Sobre o Mar de Névoa. Ela está presente em muitos escritos clássicos. É rodeada de muitas compreensões, por isso, é uma obra de sentidos infinitos. Bom! Essa volta inteira foi para dizer que ser mulher é ter a infinitude de uma obra de arte que nunca se encerra, ainda que em silêncio ou de costas, como na obra apresentada, contemplando o mundo, seus desejos e anseios, representa a maior essência da vida. Eis me aqui por razões de uma mulher.

Abraços de Jarbas Moraes

Feliz dia das mulheres

Jarbas Moraes
Enviado por Jarbas Moraes em 08/03/2022
Reeditado em 08/03/2022
Código do texto: T7468473
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