PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 13,21-33.36-38)(12/04/22)

 

Caríssimos, humanamente o mal é insuportável, é repugnante; divinamente o mal é derrotado, porque nada pode contra Deus e seus filhos e filhas, é nisso que consiste a fé obediente e perseverante até o fim no bem recebido, cultivado e partilhado com todos como sinal da presença de Deus em nossas almas nos conduzindo desta terra de exílio para o Reino dos céus; como o povo de Israel que deixou a escravidão do Egito conduzido por Deus rumo à terra prometida.

 

Na primeira leitura ouvimos o que Deus disse ao seu servo, o Messias enviado para ser a Fonte de unidade e salvação do seu povo eleito e de todos os seus filhos e filhas dispersos no mundo inteiro. Disse o Senhor: “Não basta seres meu Servo para restaurar as tribos de Jacó e reconduzir os remanescentes de Israel: eu te farei luz das nações, para que minha salvação chegue até aos confins da terra”. Ou seja, Deus ama, perdoa e salva a todos sem distinção, para isso enviou-nos o Seu Filho.

 

No Evangelho de hoje em pleno Banquete Eucarístico em que o Senhor Jesus instituiu o Sacramento da Eucaristia como sacrifício perpétuo e sinal visível da Sua Presença e da Nova Aliança, faz uma dolorosa revelação: “Em verdade, em verdade vos digo, um de vós me entregará”. Ou seja, num momento de sublime alegria foram sacudidos por essa dolorosa revelação.

 

Por isso, "Desconcertados, os discípulos olhavam uns para os outros, pois não sabiam de quem Jesus estava falando." De fato, esse episódio nos ensina a vivermos a nossa comunhão com o Senhor Jesus em todos os sentidos de nossa vida, pois, Judas tinha sido escolhido pessoalmente como os outros Apóstolos, no entanto, por falta de amor e fidelidade, deixou satanás entrar em sua alma e tornou-se traidor. Ou seja, esse episódio nos ensina a acolher a misericórdia do Senhor e sermos perseverantes até o fim. 

 

Portanto, caríssimos, a perseverança na oração, a humildade em reconhecer os próprios pecados, se arrepender e confessa-los, a reparação e o firme propósito de não mais comete-los; é isso o que nos mantém em estado de graça, pois, Deus é misericórdia infinita e está sempre pronto a nos perdoar e nos conceder todas as graças e bênçãos para a nossa salvação.

 

Paz e Bem!

 

Frei Fernando Maria OFMConv.