CANÇÃO DE METRO


Nessa canção de metro
que agora irei fazer
ao amigo Demétrio
sem confete - nem cena,
debaixo da Pereira
degusto os seus frutos
as pêras de poemas,
do seu pomar diverso
no verso, ou reverso
eu vejo um universo
então me delicio...
Nas letras um profeta
racional - meio ácido -,
irônico e cético,
onde o licor poético,
é um ácido acético -
é o que parece lendo -,
mas lendo ao fundo mesmo,
é um gosto agridoce.
Então Demétrio Sena,
não vou fazer, mais cena
mas acertei na Sena,
ganhando um novo amigo...
No ínicio um caramujo
A pérola escondida
A rosa em botão,
Que então desabrochou,
A ostra se abriu
A pérola mostrou-se
A jóia cobiçada
enfim se revelou...
Brincando com as letras
Atrela-se e em estrelas
transforma suas pérolas
E nos poemas a pena
Discorre inebria,
e em faces lineares,
a alma, então se mostra
a sutil ironia,
o humor inteligentte
andorinha sui genis
Ainda assim na torre -
que parece ficar -,
nessa canção sem metro -
que não terá cem metros -,
Celebro-te amigo
que já desceu da torre -
A torre de marfim -,
Juntou-se ao concerto
bem no momento certo
Fazendo um conserto
em notas diferentes...
Já na constelação
não é mais um cometa
mais uma nobre estrela -
já não mais tanto tímido,
ainda que pareça,
escondido ao eclipse
caro poeta, então,
a singela homenagem,
está chegando ao fim,
sem mais nada dizer...
Amigo apareça!...

25-27/11/07

Gonçalves Reis
Enviado por Gonçalves Reis em 27/11/2007
Reeditado em 27/11/2007
Código do texto: T754857
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