Pelé

Não sou um apaixonado por futebol. De esquemas táticos não entendo um pingo. Jogos de futebol assisti alguns, poucos. Os últimos que assisti, os da Copa de 2.018.

Recordo-me que de todos os jogadores que vi em campo, chamaram-me a atenção os que têm plasticidade corporal impressionante, certa maleabilidade física que lhes permite mover-se com elegância, com, digo, charme, numa evolução que mais parece dança. E dentre tais jogadores, evoco, e com admiração, o Pelé, o nosso Rei, o Bale, do País de Gales, se não me engano, o Giovane, que jogou no Santos e no São Paulo, o Romário, e o Hazard, o belga. Identifico em todos eles a elegância e a desenvoltura do corpo em movimento. Impressionam-me.

Independentemente de quantos títulos cada um deles tenha, de quantoa gols tenham cada um deles anotado ao longo da carreira, o talento para o ludopédio lhes é inegável, reconhecido em todo o universo.

E do Pelé, o nosso Rei Pelé, rei em nossa república, jogador excepcional que deixou os gramados anos antes de meu nascimento, trago à memória o gol que ele marcou, em 58, contra a Suécia, antológico, e outros dois atos, igualmente antológicos, nenhum deles a resultar em gols, ambos da Copa de 70: o drible que ele deu no goleiro do Uruguai, Mazurkiewicz; e, contra a Tchecoslováquia, o chute, de longa distância, do meio do campo, a surpreender o goleiro Viktor. São estas três cenas, icônicas. Estão para a história da cultura popular moderna como o estão a famosa cena de Chaplin em O Grande Ditador, e a do filme E. T., o Extraterrestre, de Spielberg, e a do vestido branco de Marylin Monroe, soprado por ventos brincalhões, do filme O Pecado Mora ao Lado.

Pelé é eterno.

Ilustre Desconhecido
Enviado por Ilustre Desconhecido em 31/12/2022
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