O sino da fome

Quando se ouvem badaladas

Desse sino solitário

Fala a fome das consagradas

De Santa Helena do Calvário!

No silêncio da cláusura

Entre o dia e a penumbra

Grita o sino por ternura

Contra a fome que se apruma!

E as Trindades vão soando

E a fome vai batendo

Toca o sino de quando em quando

E à Abadessa vai morrendo!

E não há quem não pereça

Ao saber que num Sudário

Morre a última Abadessa

De Santa Helena do Calvário!