Fênix

Nas cinzas de um papel de seda azul,

Cadentes versos urgem pela noite,

Dormentes olhos choram pelo açoite,

Poetas sem cartel voltam ao sul.

Meus versos tão ao léu dos versos seus,

Queimados partem vagos pelo acaso,

Armados vagam flores em seus vazos,

Mas nunca vão ao céu, quiça a Deus.

A rima feito véu escorre ao chão

Forrado em letra e sonho qual poema.

Amado por Iara e Iracema,

Seu verbo é como o mel para o sertão.

Forjado em fogo brando é o que escreve,

Fadado a ser perfeito é o que se deve.

Ao grande poeta Obed