Maria Quitéria. Uma Heroína patriótica.

Desde a primeira vez em que li sobre a história de Maria Quitéria de Jesus Medeiros, passei a dispensá-la profunda admiração e grande respeito por sua memória, sempre viva nos corações daqueles que amam o Brasil.

Por essa razão, nesta data de 08 de março, Dia Internacional da Mulher, resolvi homenagear todas as mulheres, em especial as brasileiras, na figura heróica de Maria Quitéria.

Quitéria nasceu na fazenda do Rio do Peixe, no município de Feira de Santana, na Bahia, em data desconhecida

As lutas pela independência do Brasil, tão logo se registraram as suas primeiras insurreições, avultaram-se sobremaneira naquele Estado. Os acontecimentos de Cachoeira em 25 de julho de 1822, com a aclamação do Príncipe D. Pedro precipitaram o desfecho do dia 07 de setembro, trazendo ainda para os anais históricos do Brasil a figura então obscura de Maria Quitéria de Jesus Medeiros. A jovem guerreira, de grandes ideais patrióticos, sem o consentimento do pai, apresentou-se às autoridades legais da vila, marchando entre os soldados do batalhão de caçadores voluntários. Distinguiu-se intrépida e heroicamente em quase todas as batalhas do Recôncavo. Entretanto, o seu valor de bravura teve o merecido reconhecimento em decorrência de sua atuação à foz do rio Paragassú, ocasião em que capitaneando um grupo de mulheres destemidas, conseguiu, após uma ação temerária e sangrenta, rechaçar o desembarque da tropa inimiga. Esse feito mencionado com louvor, em ordem de dia, proporcionou-lhe o recebimento de uma espada, já no posto de cadete.

Constam também dos registros militares da época vários ofícios dos comandantes das tropas, enaltecendo-lhe o desempenho de coragem e denodo demonstrados. Na data de 02 de julho de 1823, participando de uma brigada do exército libertador, à frente do seu batalhão, entrou pela estrada das Boiadas na cidade de Salvador. Emissária da vitória seguiu para o Rio de Janeiro onde teve recepção especial da Corte, sendo agraciada pelo Imperador com a insígnia dos Cavalheiros da Imperial Ordem do Cruzeiro. Depois de seu retorno ao lar, nada mais se soube daquela brava guerreira, que morreu em data também desconhecida.

Fonte: Nova Enciclopédia de Biografias, da Planalto Editorial Ltda.

Demarcy de Freitas Lobato (Em memória)
Enviado por Demarcy de Freitas Lobato (Em memória) em 08/03/2008
Reeditado em 12/03/2008
Código do texto: T892842