Ao excelentíssimo Presidente da República

Nosso notável presidente sempre esteve à margem da política brasileira desde de seu ingresso ao mundo político. Teve inconstestáveis aparições e contribuições, tanto pelo apoio à causa operária quanto pelo impeachment de Collor, por exemplo. De fato, dizem alguns, é um cidadão brasileiro de honra.

Como o próprio já disse: "E eu, que durante tantas vezes fui acusado de não ter um diploma superior, ganho o meu primeiro diploma, o diploma de presidente da República do meu país." Notadamente, era um homem simples que subia ao poder do país e enfrentava as frentes políticas, sociais e econômicas do Brasil. É importante ressaltar que a economia cresceu e muito nos mandatos do presidente Lula, apresentando superávit para a economia nacional, fazendo baixar o endividamento externo e lançando mão de instrumentos de transferência de renda, como o "Bolsa Família". O salário mínimo atingiu R$ 412,42 e a Petrobrás é quem dita, ou tenta ditar as regras na América latina. Mas, nem tudo é perfeito. Lula gosta de gabar-se por crescer 5% ao ano com o país. Ele gosta de se gabar por ser filho de uma infância difícil e chegar aonde chegou. Então, lançamos a seguinte citação: "Após denúncias do então deputado do PTB Roberto Jefferson, envolvido em esquema de propina na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, houve enorme desarranjo político entre o poder executivo e sua base, aumentado o grau de ataque dos partidos de oposição. Essa crise desdobrou-se em outras, que geraram certa paralisia no governo federal, inclusive com a queda de ministros e a cassação de deputados. Nesse período, compreendido entre abril e dezembro de 2005, o índice de aprovação do governo Lula atingiu o seu mais baixo percentual desde o começo de seu mandato. Também houve a demissão dos ministros José Dirceu, Benedita da Silva, Luiz Gushiken, por suspeitas de envolvimento em casos de corrupção ou prevaricação.Em janeiro de 2006, com o desgaste do Poder Legislativo em meio a absolvições de congressistas envolvidos no mesmo esquema, julgados por seus pares por envolvimento em episódios de improbidade, Lula consegue reagir, desvia-se dos escândalos e volta a ter altos índices de popularidade. O caso da venda de um dossiê para petistas em São Paulo, contendo informações sobre supostas irregularidades na gestão de José Serra no Ministério da Saúde, a menos de dois meses do primeiro turno das eleições de 2006, não diminuiu os índices de popularidade do presidente."

E sabe o que aconteceu? O povo ainda o adora. Aposto que se fizesse com que o país crescesse próximo dos seus 12%, como em tempos de milagre econômico, o "nosso Lula Chávez" faria até pior em relação ao que Chávez faz na Venezuela, mantendo uma economia petroleira forte, mas dissecando as políticas de estabilidade e bem-estar sociais. Nosso amável presidente fica de conversinha com a Kirchner, com o Morales, com o Chávez, com o Bush, com todo mundo por perto. Aí vai nosso glorioso representante maior dizer que Vladimir Putin ficou "Putin". E tem mais.(seguindo citações) : "No início de 2008 iniciou-se uma nova crise: a crise do uso de cartões corporativos. Denúncias sobre irregularidades sobre o uso de cartões corporativos começaram a aparecer. As denúncias levaram à demissão da Ministra da Promoção da Igualdade Racial Matilde Ribeiro, que foi a recordista de gastos com o cartão em 2007. O ministro dos Esportes Orlando Silva devolveu aos cofres públicos mais de R$ 30 mil evitando uma demissão. No entanto a denúncia que pode originar um pedido de abertura de CPI por parte da oposição é autilização de um cartão corporativo pela filha de Lula, Lurian Cordeiro Lula da Silva que gastou R$ 55 mil entre abril e dezembro de 2007. Dos 150 cartões corporativos o Portal Transparência só divulgou os dados de 68 cartões." E o Lula vem dizer que a ministra é uma pessoa de bom coraçãoe honesta? Ah, mas alguns podem dizer, e o PAC, e o PDE? Bom, planos que terminem por aumentar a inflação a um nível acima do nível em que estava a nossa no início do mandato? Enfim, Lula é esperto, sabe usar o patético "jeitinho brasileiro" que vangloria jogadores de futebol milionários, que sempre soluciona os problemas na malandragem. Lula esquivou-se da impopularidade, das críticas, dos empecilhos(leia-se Mangabeira Unger, por exemplo) e das más influências( o governo com o maior número de indicações para o STF na história). Mais recentemente Lula driblou um início de crise entre poderes, que ele mesmo ajudou a criar, dizendo poder palpitar nas coisas dos outros, fazendo referência clara ao Congresso e ao Judiciário. Essa postura como que numa queda de braço num bar de esquina qualquer, revela o caráter do excelentíssimo senhor presidente Luis Inácio Lula da Silva, que cospe no chão, bebe pinga, bate na mesa e diz: "Se eu pudesse, resolveria tudo por decreto". Tudo por decreto...que temos senão um ditador em potencial? Uso esse espaço apenas como meio de vincular minha indignação, não para impor verdades. Jamais. E para finalizar algumas frases do nosso querido Lula.

"Quando se aposentarem, por favor, não fiquem em casa atrapalhando a família. Tem que procurar alguma coia pra fazer." Ao assinar o Estatuto do Idoso (2003).

"Um país que constrói um monumento daquela magnetude tem tudo para ser mais desenvolvido do que é atualmente". Índia, referindo-se ao Taj Mahal (2004).

"(...) a galega (Primeira-dama, dona Marisa) engravidou logo no primeiro dia, porque pernambucano não deixa por menos". Pelotas (2003).

"O continente sul americano e o continente árabe, não podem mais no século XXI, ficar à espera de serem descobertos". Síria(2004).

"Eu fui agora ao Gabão aprender como é que presidente consegue ficar 37 anos no poder e ainda se candidatar à reeleição". Costa Rica(2004).

Esse, e outros exemplos de agressões à língua portuguesa inclusive, servem de joguete para um presidente que, salvo engano meu, humilha a condição de brasileiro em que me encontro.

Enrico Vizzini
Enviado por Enrico Vizzini em 18/03/2008
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