TRIBUTO A ISABELLA

Palavras, mas como é meramente difícil, devo dizer quase impossível, tentar descrever a ti, “anjo celeste”, descrever a doçura, a graça, o amor que sei, ainda emanam de ti, pois o que é a morte, senão a continuidade da vida? Sim, ainda vives, fostes apenas um empréstimo do Divino Pai aqueles que por pouco tempo desfrutaram da tua candura e inocência.

Nesta mera visão de uma, dentre tantos espectadores, não há consolo para uma partida tão dolorosa e insana, sim, a certeza de que ainda vives é pungente naqueles que te amaram verdadeiramente, mas a palavra SAUDADE é presente, triste, lembra partida, lágrimas e dor, dor que é compartilhada com muitos, Isabella, bela, teu nome em si, é um reflexo de ti, criança bela, onde estais agora? Como será este céu que agora habitas? Lembro-me de um trecho de uma música composta por Erick Clapton para o seu filho, já falecido, onde traduzido, é mais ou menos assim: “Você saberia meu nome se eu te visse no céu?”, “Você seguraria minha mão se eu te visse no Paraíso?”, a meninha que partiu tão precocemente, estará a segurar a mão de quem ficou inconsolado na terra? E sua mãe, e o coração dessa mãe? E os seus algozes, será que ela está a olhar por eles também? A frieza nua e crua, estampada nos olhos daquele pai, ainda restará dúvidas? Somente o teu puro coração será capaz de perdoar o que fizeram a ti, porque diante da perplexidade de uma Nação, o perdão é algo inconcebível.

As palavras fluíram, lágrimas jorraram, não houve como evitar, nesta tua breve trajetória na esfera terrestre, viveste as alegrias de uma infância mágica, foste o sol que iluminou os dias daqueles que te amaram, a SAUDADE é uma palavra cruel, mas é ela que dá alento aos corações sofridos que ficam na terra, pois ela trás a tona lembranças que estarão sempre na memória dos que te amam, a morte não foi o teu fim, ainda existes, és um anjinho de luz, bela menina, bela como o teu nome ISABELLA.

“Qual flor de um jardim tão bella, assim é o teu nome Isabella”.

Que Deus te abençoe anjo de luz.