Pelo vento.
Velas cheias pelo vento das tardes
O suave torpor silencioso da distância
Com um deslizamento comedido
Um incerto balanço da superfície que abraça
Faz um tão nítido retrato de perfeita dinâmica
Que o equilíbrio dessa natureza intocável
Apaixona ao passo que se domina
Pelo vento se carrega a sensação
Que é preciso navegar
Para que se possa ter em vida
A alma uma parte do todo
(Homenagem à Fernando Pessoa)