ALMA SUBMISSA
Rastejo feito um verme em busca dos teus beijos
Mendigando em tua língua restos de doçura
E a minha fraca e rígida musculatura
Contenta-se em sofrer morrendo de desejos...
Escrava inconseqüente que corrompe a túnica
Do zelo, da moral e isenta de amor próprio
Minh'alma se corrompe nesse amor impróprio
E cai nessa paixão doente de mão única...
Parcialmente inerte sofro acorrentada
À vida, que resume o meu viver em nada
E ao ver o meu martírio tu nem te incomodas...
Que se cumpra o destino que a mim foi imposto;
- Com lágrimas de sangue a lavarem meu rosto
Fazendo lagos tristes sobre duas rodas...