Relatividade musical

Quem curte um tipo de som mais alternativo, um rock progressivo, um rock das antigas, de certo já ouviu (ou vai ouvir) aqueles comentários:

“Tu não gostas de nenhuma música moderna?”

“Por que tu ouves música de velho?”

“Tu não gostas de nenhuma música atual, não?’

E o pior e mais intrigante:

“Tá, eu já sei que tu gostas desse som antigo, desses rocks, mas tu não resiste a um pagodinho, né?

Pra quê?, me pergunto.

Como se não tivéssemos liberdade para ter nosso gosto musical!

Como se todos nós devêssemos gostar de pagode, funk, axé e demais estilos musicais da “massa”.

Mas nunca vi alguém falando para um pagodeiro:

“Ô meu, eu sei que tu adora um pagode, um samba, mas confessa: tu não resiste a um Pink Floyd, hein?”

Não, né?

Se o povo fala que é impossível ficar parada ao ouvir um funk da moda, então eu digo: é impossível ouvir Pink Floyd e não se emocionar.

E viva a relatividade musical!