O morto se faz de vivo pra papar o tonto

Para o velório toda família foi avisada.

Era gente de todo lado. Cruzes!

Chocava tanta comoção.

Mas como toda reunião é sinal de lucro,

Partiu-se pro ataque.

Criou-se um burburinho.

Era amostra grátis pra todo lado.

Nova cerveja, novo cigarro.

Desodorante. Colônias.

E como ninguém esperasse, o finado levantou.

- Querido, não se preocupe, já exigi comissão.

Ele então respirou aliviado, sem antes passar seu cartão.

Se tempo é dinheiro, quem disse que morte não pode ser lucro.

jeferson bandeira
Enviado por jeferson bandeira em 04/07/2008
Código do texto: T1064163
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