COCHILO DE DEUS

Num cochilo de Deus

Minha mãe me pariu

Vi-me em poucos segundos:

Mamãe segurando a cria que saiu.

Do seu ventre de mulher

Logo, as tetas me ofereceu

Comecei a enojar...

Isso não é alimento pra eu.

Eu que pensei aqui encontrar

Iguarias de melhor qualidade

Empurraram-me um leite aguado...

De engolir não tive vontade.

Ora, enfrentei uma batalha...

Para a esse mundo chegar

Inúmeros espermatozóides

Tive que atropelar.

Uma luta vencida

Troféu conquistado

Mas vi logo de cara

Havia sido logrado.

Das paredes aquecidas

Do útero da minha mãezinha...

Vim parar numa tapera

Paredes de barro... feinha!

Foi quando descobri

O triste e terrível engano

Das maravilhas desejadas

Houve mudanças de planos.

Percebi de imediato

Muito tinha que lutar

Pra manter meu espírito de rico...

E meus objetivos alcançar.

Oh, meu Deus por que...

O senhor foi cochilar

Logo nesta hora em que eu

Estava ao mundo a me apresentar?

Booom diiia, recantista... um dia de sol interior pra todos vocês!!!

Fátima Feitosa
Enviado por Fátima Feitosa em 24/07/2008
Reeditado em 24/07/2008
Código do texto: T1094995
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