SEU COISINHA E A MARVADA (COR)

( CORRIGIDO )

"SEU" COISINHA E A "MARVADA"

Ele é empregado de um rico comerciante que contatou uma Suíte para que seu empregado poder-se morar. O local é confortável a ambos, próximo da sua empresa o que facilita a comunicação entre eles. Considerando que o valor é igual ou próximo dos vales transporte após fazer o pagamento antecipado do primeiro aluguel, ponderou:

- Aqui é muito bom além de ser próximo da indústria eu ainda afasto ele do Jardim Tiradentes, onde só mora bebados e ele fica meio chegado em uma branquinha...

Quando ele passou a morar aqui havia na porta um churrasquinho mambembe e ele passou a ser freguês, só que no churrasquinho não vendia cachaça.

Ele é pequeno e magro tipo gabiru, bigode cobrindo a boca e sempre mal amparado que o deixava com o ar de uma coisa e foi assim que ele foi batizado na região, "SEU COISINHA".

O apelido não o diminuía e ele fazia uma cara de quem estava gostando.

Nunca ninguém falava que ele tinha p cheiro de álcool e o tempo foi passando. Vez por outra ele deixava o portão aberto e também não apaga as lâmpadas do corredor, sempre chegava de madrugada, justificando muito cansaço.

Andava numa "magrela" que lhe foi tomada por "malas" lá onde morava.

Mas a fama do boteco onde havia ido é aquela que o dono trocava tudo de algum valor, quando o freguês não tinha grana para pagar a pinga. Não há necessidade de apurar tal estória.

Então o seu patrão conhecendo o episódio do sumiço da "magrela", adquire uma "aranha" zerada, cheirando de nova e colocou-a a disposição dele.

Alguns dias depois apareceu com uma roda bem empenada. No dia seguinte contou a seguinte estória, quando eu descia a rua 13 ao atravessar a segunda pista um carro pegou a bicicleta e nos arrostou até perto da "Árvore Torta" (Leia neste site esse conto).

- Aí a mulher desceu me perguntando como eu estava?...

Meio sem jeito:

- Falei a senhora quase me mata, veja como ficou a roda traseira...

Bem a mulher foi embora e ele arrastou a bicicleta até a porta do quarto, Veio me contar a estória em sua versão:

- Então ela perguntou se eu estava bem e não precisava ir ao hospital. Com a minha afirmativa ela entrou no carro e foi...

- Aí eu lhe disse é a "marvada"...

- "Marvada" nada, é o "Dia dos Pais" minhas filhas vieram passar o dia comigo...

- Não, não estou falando da pinga, estou falando da mulher que lhe atropelo, " A MARVADA"...

Goiânia, 10 de agosto de 2008.

jurinha caldas
Enviado por jurinha caldas em 14/08/2008
Reeditado em 18/01/2010
Código do texto: T1127731
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