Ser CORNO é molinho!

Eis aí doces donzelas e duros mancebos,

O rei declara que hoje é dia de mazelas.

Aproximem senhores a ouvir os contos

De quem com dores de corno e desprezo

Estonteou minha mente com seu segredo

Eis o cavaleiro bem moleque e safado…

Que por o amor à sua musa e o desamor

Às muitas bandoleiras se valeu do desabafo

Cavalgou até a cidade... Seguro por um triz

Do amor da sua querida e amada desfaçatez

Que o esperaria no ardor sábio de meretriz

Minha alma... Meus senhores não mais zela

Ao saber do conto do nosso pobre infeliz

E dos seus lindos chifres que estão a aparecer!

Meus nobres só podemos pedir calma…

Não adianta pensar de mudar logo de sexo

Quando a bola cai e nos perdemos no nexo!

Os ‘causos’ disparados são bem intencionados

Entre o passar vexame em tão vão escândalo

E se livrar da poeira deixada do pós-exame!...

Mas vamos nos lembrar que em todo conto

Entre pensado e ser corno pode ser um trunfo

Por isso arrume uma corna que terás triunfo!

E depois de dias... Seja você poeta ou cavaleiro

Faça um doce soneto ao corno, que chifre bom

Não se aduba ainda menos se cozinha no forno

E por favor… Não saia desvairado para Aruba

Porque é melhor ser mui manso e mui elegante

Do que ser corno estressado e muito ofegante!...

Senhores, que nem mesmo o tolo do nosso rei

Esse ser extravagante e poeta bem intolerante

Com corno ou sem corno é um falo sem lei

Então neste dia clamado por ele o ‘dia mazelas’,

Lembrem-se donzelas que se beijar ou cornear

Que seja feito no deleito dum canto sem olhar…

Duo: Salomé & Hilde – Aprendizes da Escola de Cornos e Falos

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 11/09/2008
Reeditado em 11/09/2008
Código do texto: T1173488