NA PENSÃO DA DONA CIDA
Esse causo é velhinho, mas sempre que o conto em uma roda de potoqueiros ele faz sucesso.
Aquele caixeiro viajante chegou a tardinha naquela pequena cidade do interior de Minas Gerais. Com duas pesadas malas, desceu na rodoviária e perguntou por um hotel. Não tinha. Tinha duas pensões:
da D.Cota e a da D. Cida. A pensão da dona Cida era a mais afamada, tinha lençois limpos, café da manhã, lamparina e urinol.
A energia elétrica era conseguida através de um gerador a óleo diesel. As 22 horas o motor era desligado e a cidade ficava às escuras.
O cidadão optou pela pensão da dona Cida. Conseguiu ainda, visitar alguns clientes e mostrar suas mercadorias.
Deitou-se já cansado pela viagem. Lá pelas tantas, acordou com o intestino reclamando. Acendeu a lamparina e foi procurar o urinol. A dona da pensão se esquecera de deixar um lá. Ele ficou desesperado, estava tudo escuro e ele não sabia o que fazer. Aí teve uma idéia:
procurou em sua mala uma meia e "soltou o barro" nela. Ao acabar o serviço, deu um nó na mesma e abriu a janela para jogá-la na rua.
Rodou a meia varias vezes para dar impulso e jogá-la pela janela. A danada da meia estava furada onde ficava o dedão. Não deu outra:
aquela "imundiça" esparramou-se pelo teto, parede e chão do quarto.
O quarto ficou empestado, ele jogou a meia quase vazia na rua.
De manhã ele acordou bem cedo, abriu a janela e viu aquela lambança:
O forro do teto, as paredes brancas, e o piso rebocados daquela porcaria. Saiu do quarto e viu uma velha senhora na cozinha fazendo o café. Era a zeladora da pensão. Ele chamou-a ao quarto, mostrou aquela desgraça e falou:
-Eu dou cinco mirréis, para senhora limpar isso para mim.
A velha olhou admirada aquela sujeira e falou:
-O senhor me dá cinco mirréis para limpar o quarto?
-Dou sim.
-Eu faço melhor: te dou dez mirréis se o senhor me contar como deu conta de cagar assim rodando o c...
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