Ástor é o nome do cão da raça Waimaraner que pertencia ao meu neto Lucas de 14 anos e que morreu dia 31/07 às 17,15 horas, de um mal que lhe afetou rins e fígado, em menos de uma semana.
Temido pelos visinhos e amigos por seu porte grande, mas dócil e amoroso conosco, embora tivessem razão de teme-lo, pois atacou algumas vezes alguns descuidados e desafetos.Mas fazia-o por ciúmes.Gostava de roubar alimentos da mesa e por este motivo, proibido de entrar em casa, deixou-me muitas vezes furiosa com ele.Tanto que até lhe fiz uns versos.Tudo o que é contado neles é pura verdade.
Esta é a minha homenagem para aquele que foi um bom guardião da casa, um bom amigo e companheiro.
Já estou sentindo sua falta!
Eu sou canino...
Sou perigoso!
Eu mordo muito
Porque é gostoso.
Se a perna é gorda
Faço e desfaço...
Mas se é magro,
Mordo-lhe o saco.
Ninguém em casa
Deixa a porta aberta,
O que tem na mesa
Eu como na certa.
O bolo de Páscoa
Com frutas e licor...
Não sobrou nadinha!
Acharam um horror.
Beef a parmeggiana...
Doa a quem doa...
Bolo de laranja...
Só quero coisa boa.
Tem até quem ria
De minha proeza...
Mas a Célia não deixa
Mais nada na mesa.
Raciocine comigo...
Não tenho razão?
Essa gente só quer
Que eu coma ração.
Meu dono vive falando
O que pode e não pode.
Mas nesta história
O cão é que se fode.
É por isso que sou feroz.
Há quem não acredite.
Mas se corro atrás
Não há o que não grite.
Tome cuidado...
Não gosto de estranhos,
Não gosto de injeção
E nem de tomar banho.
O que gosto mesmo
É de assustar;
Se entrar na casa
Já quero atacar.
Chamam-me assassino,
Eu assino em baixo.
Em história de terror
É onde me encaixo.
Sou perigoso
Não abuse, não.
De um descuidado
Quase comi a mão.
Por isso me chamam
De cão perigoso,
De cão assassino,
De animal raivoso!
Ser ou não verdade,
Não nego e nem contesto.
Só deixo que pensem
Que realmente não presto.
SP/06/10/2004