Quem sabe mais?

Quando visitamos os Pompée, na França, o filho mais novo deles, meu amiguinho Laurent, estava com sete anos. Orgulhoso dos progressos escolares,fez questão que eu visse seus cadernos. Mostrava detalhadamente as páginas, lendo em voz alta. Às vezes cometia algum erro e eu, inocente, imediatamente corrigia. Lá pela quarta ou quinta vez, o garoto se enfezou. Tentei explicar-lhe que o problema estava na ortografia das palavras, não era daquele jeito que se escrevia. Devia ser distração dele ao copiá-las. Mas não houve Cristo que o fizesse acreditar em mim. Afinal de contas, quem sabia mais francês ali? Ele, que era da terra, ou eu, uma estrangeira vinda sabe-se lá de onde?...