O Vibrador e o Poeta

Eles tinham tudo para emplacar o amor

Tantas foram suas noites de sonhos e calor

Um era do ‘pedaço’ o melhor dos moços

A outra uma menina esperta e audaz

Todos os dois viviam a se namorar

No escurinho o bom era se tocar

Teclavam... Planejavam... Desejavam

Um tinha a poesia como companhia

Já estava até viciando nessa mania

Já ela tinha o brinquedo que a distraía

E nesse tal de adiamento sem fim

Os dois tristes nem mais se viam

Tornou-se um problema sem solução

Com quase nenhum espaço ao coração

Viviam calados nesse sofrimento

O poeta punhetava que se acabava

Das letras fazia a sua maior faceta

A caneta substituía a outra poética 'eta'

Já a donzela recolhida usava o vibrador

Por onde se satisfazia sem sentir dor

E a paixão e amor se instrumentalizaram

Até no sexo os tempos ficaram modernos?

O profeta Charles Chaplin já previra...

Mas o poeta ainda pensa na brilhantina

Onde nenhum dos dois era sovina

Mas agora a emoção aqui só chora

Enquanto ela ali no canto geme e cora

Já tem até banheira de hidromassagem

Tomara que o poeta e a vibradora...

Acabem logo com essas preliminares

Se encontrem de vez na sensatez

Rompendo a solidão da maluqueis

E ponham a tristeza lá pra fora...

No vai e vem do amor que aflora

Não gostou?! Ah! Meu bem...Nem vem

Já estou indo embora editar o meu poema.

Hildebrando Menezes

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 06/02/2009
Reeditado em 06/02/2009
Código do texto: T1424602