ÚLTIMO BISCOITO

Eu nunca me senti um príncipe

Um ser encantado

Que pudesse fazer

Quem ao meu lado estivesse – feliz!

Nunca fui um Adônis, um Apolo, um Hércules

Ou qualquer um desses mitos gregos

Deuses de beleza ou força

Era sempre um reles mortal – “arrumadinho”...

Tentei burilar minha inteligência

Para ser o melhor que podia intelectualmente

Visto que fisicamente não tinha muita alternativa

Mesmo assim tentei ser e fazer feliz

Quem comigo estivesse...

No entanto acho que não consegui

E quando eu começo a ganhar

Um pouco de confiança em mim mesmo

Disseram – talvez por despeito –

Que eu era o último biscoito da bolacha Sapeca...

MÁRIO FEIJÓ
Enviado por MÁRIO FEIJÓ em 30/03/2009
Código do texto: T1514380
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.