Quando a memória nos falha/com áudio

Essa história foi baseada em fatos acontecidos com uma parente, cujo nome manterei em sigilo absoluto, para que ela possa, se quiser, repetir o feito quantas vezes desejar, ou simplesmente, quantas vezes lhe acontecer, naturalmente...rsrs

Consulta marcada, motorista contratado, horário ajustado, e uma amiga a tiracolo para ir jogando conversa fora, que ninguém é de ferro, muito menos as mulheres, chegadíssimas que são numa boa prosa; ainda mais se ela girar em torno de algum assunto palpitante, como os possíveis encontros secretos da vizinha com o seu amante, que afinal, poderia ser seu filho...

Endereço e telefone marcados na agenda; médico conceituado tipo medalhão, cuja consulta -além de cara- demorava pelo menos um mês para ser marcada, tal a quantidade de pacientes que o procurava. Todos à bordo e pé na estrada.

Após uma hora de viagem chegaram à cidade de Varginha -aquela que ficou famosa por causa do ET- e, se puseram a procurar pela rua misteriosa que ninguém conhecia. Depois de muito perguntar elas começaram a desconfiar que algo muito estranho estava acontecendo, no entanto, não tinham a menor idéia do quê poderia ser. Continuaram perguntando, sentindo o chão se abrir debaixo de seus pés, tal era a insegurança que as acometia naquele momento. Finalmente, um motorista de táxi, olhando para o endereço que estava escrito no papel, disse: - Eu conheço uma rua com esse nome, mas ela fica na cidade de Pouso Alegre... Uma olhou para outra e gritaram ao mesmo tempo: MEU DEUS, POUSO ALEGRE!

Elas haviam cometido um pequeno engano de, mais ou menos, 100 km rumo leste; quando deveriam ter viajado os mesmos 100 km rumo sul. A moral dessa história, se é que ela existe, é a seguinte: "Quando a memória nos falha, não há instrumento algum capaz de nos nortear, a não ser, outra memória..."

Aimberê Engel Macedo
Enviado por Aimberê Engel Macedo em 31/03/2009
Reeditado em 01/04/2009
Código do texto: T1515481
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