Roberval fora do armário/com áudio

A mulher do Roberval foi cavalgar

aprumada em seu vestido muito fino;

um perfume bem gostoso pelo ar

transcendia aquele corpo, violino.

Roberval sentia a pulga atrás da orelha

a dizer que a sua testa lhe coçava;

mas mudava de assunto em sua telha

convencido que ela apenas passeava.

O ciúme que, no entanto, não cessava

transmutava a sua calma -o peito arfando-

com visões de bacanais, onde ela estava.

Ao dobrar, efeminado, a munheca

percebeu a sua voz -já sextavando-

revelando um garanhão que era boneca!

Vitório Sezabar, esclarecendo devidamente a questão. Estou plenamente de acordo...rsrs

Se vive a desmunhecar,

É que tem um ponto falho,

E não pode reclamar

Se encher a testa de galho.

Ana Maria Gazzaneo, detalhando minuciosamente a desgraça do Roberval...rsrs

Roberval, duplo segredo

Traido e desmunhecado

Fora do armário em degredo

Pelo riso carimbado...

Roberval, ficou sem sal

No safari foi traido

A mulher sequer fez, chau

E até deu com seu vestido!

Ana Átman, analisando de um ponto de vista muito pertinente, talvez até verdadeiro, vendo o ciúme atacando de uma outra maneira...rrsrs

Devo dizer que todo X da questão

Não era porque comiam naquele pote

O que o fazia amargar de preocupação

Era se não seria o dele, aquele bofe

Se ela usasse seus vestidos ou maquiagem

Por tudo nessa vida a perdoaria

Mas se mataria inda que sem coragem

Ao saber-se tão traído pela amiga

Aimberê Engel Macedo
Enviado por Aimberê Engel Macedo em 21/04/2009
Reeditado em 22/04/2009
Código do texto: T1551455
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