Freezer do Macedo.../com áudio

Um punhal muito afiado perfurou-me

à procura do sanguíneo coração;

que escondido na Sibéria consolou-me:

Fique frio, estou vivo neste vão...

Vão se embora os anéis, mas ficam dedos,

ajudando segurar esta alegria;

que gelada lá no freezer do Macedo

viverá vegetativa, até que um dia...

Um dia... Quem sabe um dia, voltará

pra secar as minhas lágrimas profusas,

ou quem sabe, pra trazer de volta a musa...

Sem a musa, o bom Deus não deixará,

pois a vida neste mundo é tão triste

quando afasta o passarinho do alpiste...

Aimberê Engel Macedo
Enviado por Aimberê Engel Macedo em 13/05/2009
Reeditado em 13/05/2009
Código do texto: T1591971
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