PERDENDO O SONO

Certa noite, eu acordei com minha esposa revirando-se na cama: era um tal de vira pra cá, vira pra lá, não me deixando dormir. Ela havia ido a um médico, que lhe receitou um remédio, que parecia o famoso Perventin, o popular “ribite” usado por motoristas de caminhão, que passavam as noites dirigindo. Eu tinha uns colegas de serviço, que durante o carnaval faziam uso dele para poder foliar e no outro dia trabalhar.

Ela ficou “acesa” a noite inteira, nem dormia, nem me deixava dormir.

Lá pelas tantas, ela falou;

-Benhê, PERDI o sono...

Eu já impaciente com sua inquietação, e morrendo de sono, respondi:

-É, mas não fui eu que ACHEI ele não, tô acordado há um tempão...