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Mal – entendidos


Junto ao mar, uma bicha grande
Contempla o vai - e -  vem da vaga
Um banheiro pensa que já era tarde
E o comboio sempre atrasa, quando não estraga

Os putos, alegres, correm ao frescor da tarde
O banheiro guarda, nostálgico, as barbatanas novinhas
Lembra de outro tempo, sem muito alarde
Onde tudo era diferente, sem  tantas mulheres galinhas

Ah!Os antigos navegantes, tão aventureiros
Homens viris, mas não queriam ter caralhos
Se davam às costas ao batente, bem certeiros
Suspensos eram, por não executarem seus trabalhos

E as raparigas, tão formosas, com bocetas rosadas
A chamar a atenção dos moçoilos entusiasmados
Sacudiam-nas, como chamatório, às rapaziadas
Que aproximavam felizes, muito interessados

Pobre banheiro, cansado, volta a si...
Já é noite... Vai embora apressadinho.
Na casa de pasto, tem carcaça, chouriço e biquinho!

Denise Severgnini