Se conselho fosse bom era vendido!

Qdo almocei pela primeira vez na casa paroquial, o padre italiano, com quem eu trabalhava, perguntou, vendo meu copo vazio:

- "Não vai beber vinho?"

- "Não!" respondi.

- "Por quê?"

- "Porque não gosto!"

- "Por isso que você é branco desse jeito."

- "Vai, bebe aí - e me encheu o copo."

Fiquei olhando praquele copão imenso cheio de vinho que eu não gostava e pensando: "não acredito que vou ter que beber isso. Quer saber?, se tem que que ser que seja logo e de um gole só pra não sentir nem o gosto."

- "Não gosta, hein!" - me disse ele e encheu o copo novamente.

- "Não acredito!"

Tive que terminar a refeição para tomar o segundo. Aprendi minha primeira lição... E aprendi, depois, a beber vinho!

A segunda lição foi que, como viajavamos muito, um dia ele me disse: "faça as coisas que eu falo, mas não faça as coisas que eu faço!"

Há quem critique até hoje sua maneira de se comportar. Diziam que parecia mais um comerciante do que um padre. Achavam que era muito esperto. E era mesmo ou o povo é que era muito burro. De qualquer forma deixou herdeiro... qual o problema, queriam que deixasse tudo para a Igreja?

Por isso, talvez, Ela insiste no celibato...

Ele tava na dele - e quer saber - nunca segui seus conselhos...

Lourenço Oliveira
Enviado por Lourenço Oliveira em 06/06/2006
Reeditado em 08/06/2006
Código do texto: T170214
Classificação de conteúdo: seguro