UM IDIOMA COMESTÍVEL

Três jovens conversavam de forma descontraída num barzinho e ali tratavam de vários assuntos. Repentinamente, uma delas que era poliglota decide mudar o rumo da conversa e envereda pelo campo do aprendizado e emprego de vários idiomas.

- Menina, você não sabe da maior novidade. Recebi uma proposta de uma editora nacional para fazer traduções de alguns livros do seu acervo para outros idiomas e isso é realmente muito prazeroso para mim.

- Então, menina, estou vendo que você é uma pessoa diferenciada. Diga-me, como foi que você conseguiu aprender esses outros idiomas e quantos deles você já conhece? – perguntou aquela jovem que já possuía conhecimento pleno de alguns.

Um pouco envaidecida, ante o questionamento de sua colega também poliglota, ela disse dominar plenamente oito idiomas diferentes.

A terceira jovem, que até então só escutava as duas primeiras, resolveu participar da conversa de forma efetiva:

- O que vem a ser esse tal de idioma que vocês duas tanto falam?

- Eu não acredito que você não sabe o que é idioma... Idioma é o mesmo que língua, minha querida – completou rindo a mais introvertida delas.

Aquele bate-papo prosseguiu de forma acalorada por mais alguns minutos, e por incrível que pareça, as duas jovens cultas continuavam tratando do mesmo assunto.

A terceira garota que era uma pessoa leiga no assunto, sem entender patavina dos tais idiomas que as outras diziam gostar, decide fazer uma confissão:

- Queridas, vocês nem imaginam... Todas as vezes que eu como idioma de vaca com batata eu me lambuzo toda!
Germano Correia da Silva
Enviado por Germano Correia da Silva em 08/08/2009
Reeditado em 08/08/2009
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