A QUESTÃO DOS NICKs

"Sou pobre, mas sou limpinho"
Eu li em algum lugar
Não sei com que raciocínio
Mas alguém usou pra falar.
No formado de apelido
Para se comunicar
E nem  tanto apelativo
Fiz questão de observar.

Sou muito observadora
Embora não manifeste
Não há sala acolhedora
Para quem encara a net...
Como eu, este é meu jeito 
E a maioria não gosta
Mas é assim que a vejo
Portanto isso não importa.

Se a maioria pudesse
Até me atirava pedras
Muitos pensam que conseguem
Não me atingem, mãos incertas...
Mas eu prossigo acessando
Embora atenta e esperta
Mesmo me antipatizando
Pedra nenhuma me acerta.

Tornei-me até garimpeira
Para aprender separar
Raridades na peneira
E às vezes selecionar
E creiam até é possível
Eu pouco a pouco consigo
Mesmo sendo invisível.
Alguns falarem comigo.

São poucos, mas raridade
Isto ainda existe aqui,
Sem o tal questionário
Alguns tentam desistir
Mas retornam ao intinerário
Ao meu jeito de estar aqui,
O jeito de quem pretende
Não querer  nada e sair.

Brasília, DF
20/08/2009