DE BATER O SINO À CARTEIRA DO MALANDRO - 8 versos

Quando eu batia o sino

Na igreja catedral,

Certo dia fiquei tonto

De tanto tinir o tal!

De lá vi uma carteira

Numa calçada da via,

Antes que eu a pegasse,

Foi pega pela Maria!

Mas dentro da tal carteira

Só tinha papel cortado,

A Maria me entregou

Indignada com o achado.

Pus a carteira no bolso

E fomos para o cinema,

Lá chegando, dois malandros

Quis estragar meu esquema.

Ao ver a tal carteira

Em meu bolso, recheada

Procuraram um jeitinho

De ser de mim afanada.

Mas num lapso de tempo

Desviei deles a atenção,

Troquei-a com a da deles

Numa grande confusão!

A deles tinha dinheiro

Com certeza afanado,

Pois batedor de carteiras

Faz isso pra todo lado.

Eu e minha Maria

Pudemos o filme assistir,

Mas confesso que tive medo

Daquele cine sair!

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