Turcolino

Turcolino

Certo dia, entrou no banco de uma pequena cidade do interior chamada "Fim do mundo ", um homem conhecidissímo dos moradores,que atendia pelo apelido de Turcolino.

Ficou famoso na cidade por ser um mega pau-duro,

andava kilômetros para economizar o dinheiro de uma passagem, reformava o sapato várias e várias veses até ele não aguentar mais, até o couro criar vida e gritar; chega!

Sem dúvida, uma figura complexa que de tão exagerado se tornava engraçado, economizar tudo bem, mas Turcolino era doente, como eu dizia ele entrou no banco e foi logo até o gerente e perguntou:

_ Seu "Falssinho" preciso de um empréstimo, quanto o banco cobra de juro ao mês?

O gerente respondeu:

_ Olha Turcolino, dez por cento ao mês.( Estava perplexo, já que o turco nunca pedia dinheiro emprestado para não pagar juro, e além disso nem precisava.).

Turcolino respondeu:

_ Tudo bem é justo.

O gerente não estava acreditando no que ouviu, mas prosseguiu:

_ Quanto o senhor precisa?

Turcolino se inclinou e disse em voz baixa, quase um sussurro:

_ Preciso de um real.

_ O que ?

_ É isso mesmo um real.

_ Tudo bem, mas se é só isso eu posso te emprestar e não cobro juro.

_ Não!Eu quero que seja um empréstimo do banco, eu quero pagar o juro.

O gerente não entendia nada, mas se o turco queria assim fazer o quê.

_ Sendo assim seu Turcolino, é só o senhor assinar este contrato informando alguma garantia para eu concretizar o empréstimo.

Turcolino pegou o contrato leu rapidamente e assinou, anexando um documento.

_ O que é isto?

_ É o documento da minha BMW, vou deixar ela de garantia.

Deixou as chaves e saiu antes que o gerente piscasse.

Chegando em casa Turcolino foi logo contar para a esposa o negócio que havia feito:

_ Mulher, mulher!

A sua esposa responde:

_ O que é Turco, fale!

_ Já podemos viajar, consegui um estacionamento para o nosso carro ficar trinta dias,têm segurança,Têm cobertura, fica aqui pertinho e é só um real e dez centavos para ele ficar guardadinho o mês inteiro.

Cris Oeste
Enviado por Cris Oeste em 18/09/2006
Reeditado em 24/06/2009
Código do texto: T243436