No confessionário
Certo dia, um homem conhecido pela alcunha de Piaba, rapaz velho que nunca se casou, residente no bairro “Alto da Cruz”, cuja localidade é conhecida pelos populares como “Cruz”, na cidade de Caxias (MA). E desejando se casar com a jovem Maria Pretinha, resolveu de prontidão ir à Igreja da Catedral, onde o bispo Dom Luís Marelim se encontrava no confessionário. Instantes em que procurou o vigário, e disse:
-Seu bispo, eu quero dizer os meus pecados para poder casar com a Maria Pretinha?
O Bispo sorriu e logo, indagou:
-Filho, quantas vezes você já se confessou este ano?
-Cuma?
O bispo perguntou?
-Você é surdo? Não ouviu o que eu falei?
-Num se trata disso seu Bispo, é que eu perguntei pra poder pensar direito. Esta é a primeira vez que falo com um bispo pra limpar os pecados.
Então, o epíscopo solicitou ao homem:
-Faça o sinal da cruz?
-Num sei se vou acertar, mais parece que é assim.
O caboclo meio agonizante riscou com o dedo da mão direita na testa descendo até a região do umbigo, em seguida levou à esquerda da extremidade do dedão, voltando na horizontal do braço esquerdo, fazendo uma cruz do tamanho dos seus membros. De imediato, o bispo advertiu:
-Meu filho, isto não é o sinal da cruz. Você está louco?
-É assim que eu faço seu bispo. E se já mudaram eu não tenho culpa.
Achando estranho, o epíscopo indaga:
-Onde você mora?
-Lá no Alto da Cruz mais pode chamar só de Cruz, bem pertinho da casa do Zé Galalau na travessa do sem perigo.
-Você reza todas as noites ao nosso Deus?
-Sim seu bispo, e quando falo com ele ninguém me escuta só ele sozinho lá no céu.
-Meu filho! Então me diga. Quem foi que morreu na Cruz?
A resposta foi de imediato.
-Foi o pai da Carminha ontonte com uma furada no peito de facão Tramontina!
O bispo já zangado com tal afronta, disse:
-Você está louco! Quem morreu na Cruz foi o Nosso Senhor Jesus!
O caboclo desconfiado desafia o pároco:
-Aí é onde o senhor se engana! Eu moro lá na Cruz e sei muito bem quem morreu por lá. Se o senhor quer saber foi o Jesus da Mariquinha no ano passado.
Certo dia, um homem conhecido pela alcunha de Piaba, rapaz velho que nunca se casou, residente no bairro “Alto da Cruz”, cuja localidade é conhecida pelos populares como “Cruz”, na cidade de Caxias (MA). E desejando se casar com a jovem Maria Pretinha, resolveu de prontidão ir à Igreja da Catedral, onde o bispo Dom Luís Marelim se encontrava no confessionário. Instantes em que procurou o vigário, e disse:
-Seu bispo, eu quero dizer os meus pecados para poder casar com a Maria Pretinha?
O Bispo sorriu e logo, indagou:
-Filho, quantas vezes você já se confessou este ano?
-Cuma?
O bispo perguntou?
-Você é surdo? Não ouviu o que eu falei?
-Num se trata disso seu Bispo, é que eu perguntei pra poder pensar direito. Esta é a primeira vez que falo com um bispo pra limpar os pecados.
Então, o epíscopo solicitou ao homem:
-Faça o sinal da cruz?
-Num sei se vou acertar, mais parece que é assim.
O caboclo meio agonizante riscou com o dedo da mão direita na testa descendo até a região do umbigo, em seguida levou à esquerda da extremidade do dedão, voltando na horizontal do braço esquerdo, fazendo uma cruz do tamanho dos seus membros. De imediato, o bispo advertiu:
-Meu filho, isto não é o sinal da cruz. Você está louco?
-É assim que eu faço seu bispo. E se já mudaram eu não tenho culpa.
Achando estranho, o epíscopo indaga:
-Onde você mora?
-Lá no Alto da Cruz mais pode chamar só de Cruz, bem pertinho da casa do Zé Galalau na travessa do sem perigo.
-Você reza todas as noites ao nosso Deus?
-Sim seu bispo, e quando falo com ele ninguém me escuta só ele sozinho lá no céu.
-Meu filho! Então me diga. Quem foi que morreu na Cruz?
A resposta foi de imediato.
-Foi o pai da Carminha ontonte com uma furada no peito de facão Tramontina!
O bispo já zangado com tal afronta, disse:
-Você está louco! Quem morreu na Cruz foi o Nosso Senhor Jesus!
O caboclo desconfiado desafia o pároco:
-Aí é onde o senhor se engana! Eu moro lá na Cruz e sei muito bem quem morreu por lá. Se o senhor quer saber foi o Jesus da Mariquinha no ano passado.