MEU IRMÃO KARLIN

Por causa do meu humor aflorado, as pessoas gostam de me contar coisas engraçadas. Elas gostam de ver-me rindo. Acho graça de tudo e rio pra valer.

Meu irmão Antônio Carlos, Karlin para os íntimos, não foge à regra. Tudo que ele acha que vou achar engraçado ele me conta.

Eu estava comentando que não gosto de ver televisão, não tenho paciência para ficar em frente a um aparelho de TV, assistindo que gosto é de rádio, porque rádio a gente só ouve, não precisa parar de fazer as coisas.

Ontem ele estava me contando que ouviu no rádio um senhor contando que tinha uma mulher que trabalhava fora. Enquanto tinha um cargo que não lhe roubava muito o tempo ela ainda cuidava da casa, do marido, das roupas, etc., depois que foi promovida à executiva não fez mais nada dentro de casa. Sua casa era a maior zorra, tudo fora do lugar, roupas sujas espalhadas pela casa inteira, louça suja na pia, a geladeira coitada, nem água tinha. A mulher não tinha mais tempo nem para fazer compras. Um dia quando chegou em casa o marido estava falando bravo, alto, "Desse jeito não dá, não agüento mais esta vida, estou indo viu? Fui!" A mulher ficou olhando e ele passou nas pontas dos pés e falando bem baixinho "...na padaria..."

Ri muito, mas ri mais ainda quando Karlin completou. (Karlin como a maioria das pessoas que me conhecem me chamam de tia.)

- Tia, quase morri de rir eu estava lá passando roupa e parei para rir.

Ele nem entendeu quando eu comecei a rir porque ele nem percebeu. Estava contando uma história e ele estava passando roupa. Rimos muito eu e a Malu, esposa dele.

Ele é quem gosta de lavar e passar suas roupas. Não gosta que ninguém faça isso. Melhor para a Malu, não é?

Maria Lúcia Flores do Espírito Santo Meireles
Enviado por Maria Lúcia Flores do Espírito Santo Meireles em 23/10/2006
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