ZÉ MINERIM

Zé Minerin, infermêru di uma Crinica im Araguari, foi convidadu pelu médicu pra cuidá du consurtório por trêis hora, inquantu ele tivéssi arzênti. *

*- Zé, vô saí, vortu lógu i num queru fechá a crínica. Mecê acha qui consegui cuidá dela i di tudos os paciênte?*

*- Mecê podi deixá cumigo que dô conta du recadu! - arrespondeu u infermêru Zé Minerin. *

*U médicu saiu i vortô trêis hora dipois.

- Intão, Zé, tudu tranquilu? *

*- Uai, só atendi trêis paciênti. O primero tava cuma dô di cabeça danada. I intão, eu receitei o tar de paracetamor.*

*- Bravu, meu rapáis.** *

*- I u segundo? - apreguntô u médicu. *

*- U sigundo tava cum indigestão du istongo e eu dei Guronsan - informô u Zé Minerin *

*- Bravu, bravu! Mecê é bão nissu… I u tercêro? - apreguntô u médicu. *

*- Oia, dotô... essi causo mim deu mai trabaiu.... Eu tava sentadim aqui i di repenti abriu a porta i entrô uma muié muito bunita. Ela era dispachada, arrancô a rôpa, tirô tudo, inté a carcinha e ficô cos peito pra fora. Se ajeitô na maca, abriu as pernas e gritô:

- ME AJUDI, pur misericórdi! Fáis cinco anos que eu não veiju homem! *

*- Nossa Senhora, Zé!!!! U que você fêis ? - apreguntou u médicu. *

*- Uai dotô, prá resorvê u pobrêma, carquei colírio nu zóiu dela!!!!