SEXTA-FEIRA 13

Em todo o mundo há uma crendice muito grande conquanto o azar que a sexta-feira 13 traz.

Diz a tradição católica que esta data passou a ser registrada devido a morte de Jesus Cristo, na Sexta-feira da Paixão, após ter sido traído por Judas na Santa Ceia com treze pessoas – Jesus e seus doze discípulos.

Também associam aos cavaleiros templários, esta data, após terem sido traídos pelo Rei da França, Filipe, numa sexta-feira.

Muitas outras superstições assolam o povo.

Cá em Minas, onde a religiosidade bate à porta, Dona Filomena, católica fervorosa, ia todos os dias à igreja; ajudava o padre em tudo, desde a limpeza da sacristia até ao engomar os forros da celebração das missas.

Certo dia, Dona Agripina, enciumada com a aproximação de sua amiga ao padre. Bolou uma maneira de afastá-la:

_ Dona Filó! Dizem que o horóscopo para quem é do signo de peixes, está advertindo que “a maré não está para peixe”, não!

_ Como assim Agripina?

- Diz que para quem nasceu neste período, deve-se fazer resguardo em casa por três dias: coisas ruins estão para acontecer. Respondeu ela.

Não é que Agripina sabia, além da data de nascimento da voluntária, de sua superstição?

Conclusão! Quem ajudou ao padre nos próximos três dias?

EM Carmo da Mata – MG, o padre recolhera dinheiro dos fiéis para consertar o frontispício da Igreja. Uma enorme escada aberta em forma de “V” ficara aberta por mais de duas semanas, bem em frente à porta principal. O que aconteceu? O número de pessoas freqüentes às missas, caiu. Ninguém queria passar por debaixo da escada.

Eu não acredito nessas crendices, mesmo sendo mineiro da gema. “Só não duvido da fé” (como diz Marina).

Outro dia saindo para trabalhar, ao cruzar uma esquina, vi uma garrafa e algumas iguarias, no chão. Dei um golpe rápido no volante, parei distante dali, fiz o Pelo Sinal da Cruz e rezei um Credo.

Adentrando em meu local de trabalho, um bichano cruzou a minha frente, negro como a noite, e tive que me desviar, com alguns arrepios pelo corpo.

Ao retornar para casa, na porta da sala, desvirei um pé de chinelo de meu filho, que não quis entrar com ele para não sujar a casa e coloquei a vassoura – que a nossa ajudante havia deixado com a parte da varredura virada para cima – do jeito que todos dizem que deva ficar: com a base para baixo.

Esses procedimentos são somente por precaução, pois não acredito em superstição, não.