O CAIPIRA E O JAPONÊS TOMANDO BANHO

Quinzinho foi trabalhar em uma colônia de japoneses. O trabalho consistia em colher batatas, cenouras, cebolas, etc. Ele voltou de lá cheio de causos para contar.

Certo dia em uma roda de potoqueiros ele contou esse causo:

Eu trabaiei para um japoneis de nome Khonish, eu custei a aprendê o nome dele... eu só chamava ele de curnicha eh, eh,eh...Era um home muito bão, e eu freqüentava muito a casa dele. Esses japoneis tem uns custume isquisito...um dia eu fui na casa dele mode recebê meu ganhame, a patroa dele me mandô entrá e falô:

-Pode i lá dento, ele tá tomano banho...

Eu falei, não sinhora eu ispero ele cabá o banho dele.

Ela insistiu, fartô pouco me rastá pra dento. Me levô adonde ele tava tomano banho, numa varanda, sem porta, sem nada. Ele tava dento duma tina, pareceno dorna de pisuá uva. Ele lá dento dessa tina, ficô prusiano cumigo, eu achano aquele trem isquisito... quando oiei a água tava fazeno borbôia, supitano pareceno que tava ferveno... eu pensei:

-Esse home tá é seno iscardado vivo... mais a água paricia que num tava muito quente não. A água ficava borboiano sem pará e eu priguntei ele:

-Que isso Khonish, cê tá peidano na água toda hora?

Ele ficô rino e falô que era banho de sais, que ele punha uma porção de sal na água, num é sal de cuzinha não, é sal de tomá banho. Daí a poco ele sem fazê cerimonha, saiu dessa tina, e ficô peladão na minha frente. Ceis pricisa vê, a pingulinha dele é desse tamainho... uma misirinha de nada, num dava nem pra fazê isca pra uma traíra... eh, eh, eh...agora eles fala que as japonesa tem o trem atravessado, mais eu num sei se é verdade... eu inté quiria vê.

Eu animei bastante, cum o tamanho do meu trem, em comparação cum o dele eu até que sô meio vantajado, eh,eh, eh...

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