Entrevista com Fernando Haddad, Ministro da Educação e Cultura do Brasil.

Eu, Mi Guerra, repórter oficial (e única) da Revista “Laje a Laje”, estou aqui para mais uma das minhas polêmicas entrevistas. Desta vez o entrevistado será o “nosso” tão notável Ministro da Educação e Cultura do Brasil, Fernando Haddad.

MG: Bom dia, caro Ministro! Nós da revista “Laje a Laje” queremos cumprimentá-lo e perguntar o que o senhor nos diz sobre o polêmico livro “Por uma Vida Melhor” que nos diz que o que importa não são as concordâncias, mas sim nos fazer entender?

MFH: Olha só, cara Mi Guerra, nóis tem a obrigação de ensinar os povo a pescarem, nóis não pode dar os peixe de mão beijada, entendeu?

MG: Mas senhor Ministro, o senhor não acha que as crianças têm o direito de aprender a nossa língua falada de uma maneira culta?

MFH: Cuidado que a senhora está cometendo Preconceito Linguístico!

Esse negócio de direito só existe em época de eleição, deixa isso pro ano que vem!

MG: Entendi, e como entendi, desculpe-me! Mas diga-me, caro Haddad, e caso essas crianças resolvam seguir a carreira política mais tarde e não souberem nem falar direito?

MFH: Ah, mas eles não estudam pra serem políticos não! Eles estudam pra serem professores, bombeiros, pra ser político não precisa estudar não! Pra ser político, basta aprender a arte de prometer, entendeu?

MG: Ah sim! Mas que história é essa de que 16-8 = 6? De onde o MEC tirou essa matemática?

MFH: Minha filha! Esse foi o jeito que nós encontramos de fazer as contas públicas baterem, no fim das contas! Assim o povo não reclamará mais da falta de investimento de verbas, do superfaturamento de obras, e assim por diante...

MG: Mas o que o Ministério da Educação tem a ver com isso?

MFH: A classe é muito unida, por isso que estamos no patamar que estamos. Afinal, o MEC também precisa de um por fora, né! E com essa nova matemática, ninguém há de dar falta de certos números, nem há de perceber a sobra de outros...

MG: Agora sim, está tudo explicado. Mas o que o senhor me diz do dinheiro que foi gasto com o tal do Kit anti-homofóbico?

MFH: Bem, nós temos que gastar o dinheiro público com alguma coisa, não é mesmo? Então resolvemos gastar na indústria cinematográfica, cinema é cultura. E além do mais, criança pobre não tem dinheiro pra ir ao cinema, muito menos pra comprar DVD. E esse será distribuído de graça. Outro motivo é que estávamos sem idéia de superfaturamento, aí a Senadora Marta Suplicy teve essa maravilhosa idéia!

MG: Ok. E agora, para terminar, a Revista Laje a Laje gostaria de saber os seus planos para a educação do país.

MFH: Bem! A curto prazo, estamos querendo fazer uma reforma no ENEM, onde os estudantes que, acertarem o próprio nome já estarão aptos a cursarem a Universidade. A médio prazo, queremos implantar no Ensino Médio aulas de educação sexual práticas, a fim de darmos melhores condições de vida às profissionais da área. E a longo prazo, temos um projeto para o Ensino Fundamental, em que as crianças terão aulas de soletração com o nobre Deputado Federal Tiririca.

MG: Depois dessa, eu Mi Guerra, repórter oficial (e única) da Revista “Laje a Laje”, acho que vou tirar umas férias e “Vou-me embora pra Passárgada!”

Mi Guerra
Enviado por Mi Guerra em 05/06/2011
Reeditado em 05/06/2011
Código do texto: T3015564