PEGANDO A MORENA POR TRÁS

Certa vez, estava em Belo Horizonte em plena hora do “rush” no horário de verão, em uma fila quilométrica para pegar um coletivo para um bairro distante. Sob um sol de rachar mamona, já estava querendo deixar a economia de lado e pegar um táxi. Na minha frente estava um cidadão suando mais do que tampa de chaleira. Depois de certo tempo de espera, ele desistiu e foi embora, em seu lugar ficou uma morena baixinha, cabelos longos, corpo de violão, aliás, de cavaquinho, pois ela era pequeninha. Fiquei examinando o material: Saia justinha, coladinha ao corpo, bundinha rendondinha, calibradinha... pequeno pedaço de mau caminho, portatilzinha...

Aí o busão chegou. Lotado que nem a Arca de Noé. Foi aquele empura-empura. Fiquei encostadinho na bundinha dela, não sofro de frotteurismo, mas confesso que fiquei meio excitado. A mocinha tentou subir no ônibus, mas a saia muito justa não permitiu. Ela afastou-se um pouco, encostando ainda mais em mim, levou as mãos atrás para baixar um pouco o zíper da saia. Tentou subir no coletivo. Em vão. Repetiu a operação, baixou um pouco o zíper e novamente tentou subir no veículo. Também não conseguiu. Pela terceira vez desceu um pouco o zíper sem conseguir subir. O pessoal na fila já gritava:

-Cumé, essa porra de fila não anda?

Aí eu passei os braços em torno da cintura dela e sem nenhum esforço a suspendi e a coloquei dentro do ônibus, subindo logo atrás. Ela se virou furiosa:

-Que é isso, seu palhaço? Que atrevimento é esse?

Eu rindo, suspendi o zíper de minha braguilha e disse:

-Ora morena como você desceu meu zíper por três vezes, pensei que já tínhamos ficados bons amigos...

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HERCULANO VANDERLI DE SOUSA
Enviado por HERCULANO VANDERLI DE SOUSA em 18/07/2011
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