O REMÉDIO E AS BACTÉRIAS

Na vida a gente cruza com cada figura. E é esse mosaico de “tipos” que entram em nossa convivência, nas escolas, nas nossas atividades profissionais, no dia a dia, enfim, que nos trazem contribuições das mais diversas para a nossa formação. Coisas pra se aprender e outras para não seguir.

Uma dessas figuras foi um colega veterinário. A sua espirituosidade é algo a se enaltecer ou no mínimo se registrar. Esse colega foi chamado para consultar um cavalo – de raça – de um importante agropecuarista da nossa região. O homem apesar de “pouco letrado” era bem sucedido na sua atividade e adorava a criação de eqüinos.

Já na fazenda, o veterinário que levava consigo apenas o básico: dois soros fisiológicos, um estimulante de apetite, antitóxico e uma ampola de analgésico, inicia o seu trabalho. Após a anamnese e um ligeiro exame clínico no animal que se contorcia de cólicas, nosso doutor de plantão define o tratamento: iria aplicar um medicação endo- venosa e que isso resolveria o problema.

Recém formado (na faculdade ele bebia mais do que estudava) o nosso colega não consegue alcançar veia e acerta a carótida. Logo nos primeiros minutos o animal entra em choque e começa a suar, foi “arreando” e logo começou uma crise convulsiva. O colega também começou a suar igualmente ao animal e com os olhos arregalados assistindo aquela cena de sofrimento, onde o animal se debatia freneticamente, se entegrava de que não estava tão seguro do que estava fazendo.

O proprietário, apesar de rude, confiava cegamente no doutor e assistia, apesar de aflito , com muita serenidade.Mesmo assim, resolve perguntar ao doutor o que estava acontecendo:

- Doutor! O que está havendo? Por quê o animal se remexe e pula tanto ?

O veterinário:

- Meu amigo... Se preocupe não. Isso é o remédio brigando com as bactérias!

Damísio Mangueira
Enviado por Damísio Mangueira em 04/08/2011
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