Urna de votação e WC: o que têm em comum?

É que ali, naquele local, sempre se pode produzir merda!

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Ninguém gosta da palavra, embora - paradoxalmente - a maioria viva dizendo: - Que merda!

Todos, porém, agem como se ela não existisse literalmente. Mas não adianta negar o fato - principalmente quando o intestino grosso do povo, consciente da dor de barriga, reage cobrando atitude e remédio eficaz (agora tem remédio!).

Todos se sentam no vaso, embora alguns - suficientes para uma boa cagada (metade mais um ou um terço já seria suficiente) - se esqueçam da descarga ou não façam questão dela. Outros, ao contrário, a acionam desesperadamente, tentando despachar para o mais longe possível o produto das anteriores. Mas podem ser vencidos até pela minoria - justamente aquela que não pensa na impressão digital do terminal no papel da negligência e só quer encher a barriga durante a campanha ou acreditar em contos da carochinha (melhor seria ler Cavalo de Tróia). Só lhe resta, depois, tomar aonde?

Metáforas, simples metáforas... Mas como deve ser difícil, para alguns, lidar com as consequências ou inconsequências de um simples teclar ou de uma decisão errada - válida para os dois lados e por quatro anos!

Até porque, na outra ponta, têm o Tico e o Teco do eleito que, quando não estão bêbados, reagem à ressaca dizendo:

- Que merda! Estão mexendo nela novamente?

E o povo, retrucando:

- Que merda! Essa descarga tá uma bosta!

(seria realmente cômico, se não fosse uma tragédia da realidade brasileira)

Lourenço Oliveira
Enviado por Lourenço Oliveira em 11/12/2006
Reeditado em 13/12/2006
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