HLuna, José, Lucas, Maysa em...

*PERSONAGENS:

HLuna - Helena Luna - Fortaleza/CE
Lucan - Lucas Candelária - Salesópolis/SP
José - José de Castro - Natal/RN
Maysa - Maysa - Porto Alegre/RS


Tantos comentários são feitos entre esses quatro, Helena, Lucas, José e Maysa.
Que comentários direcionados a certos assuntos que são feitos por cima, nas páginas do Recanto, começaram a serem feitos mais detalhadamente e explicativamente por e-mails.
E-mails geraram boas conversas, e nesse vai e vem de e-mails, foi levantada a hipótese de se encontrarem pessoalmente, com a idéia de falarem de poesias, sonetos, crônicas enfim, Literatura. E de que forma cada um se isnpirava, para trocarem inspirações.
Mas riram da hipótese, sendo esta, impossível, não passava de uma brincadeira.
Brincadeira que se manteve e criou forças, até que um dia, resolveram falar em transformar a impossível hipótese em realidade.
Então, eis a realidade:

Helena - Vixê, como essa minina tá atrasada, desse jeito vai chegar só à boca da noite!
José - Ela tá fazendo borogodó, deve ser cheia de fricote!
Lucas - Mas ocêis hein? Dando pito na Gaúcha, não sabem que ela pegou o avião daquela empresa?
Helena - Vixê Maria, entonce voces passaram toda somana combinando e não avisaram, qual avião ela tinha que pegar? Melhor que viesse, arribada daquele cavalo, é mais seguro.
José - Passei esses dias vexado, fazendo artifício, pensei que você avisaria Helena.
Helena - Eu? O Lucas ficou de avisar.
Lucas - Não mesmo! O josé me disse que avisaria.
José - Eu? Nem sabia de nada.
José, Helena, Lucas - Foi você, não fui eu, ocê! Mas ficaram de....mas foi você, nãooo, foi sim, mas que pqp, olhaaaa o palavrãoooo, foi ela, eu não, ôce falou, você falou, eu não disse nada, disse sim, quando? naquele dia, foi ocê, não, foi a Helena, eu não falei nada, foi o Lucas, eu? não me avisaram nada, José ficou de avisar...eu? nem sabia de nada porrr...agora tira o corpo fora, ocê, mas que merrrr...mas que diacho...ahhh mas tô perdendo paciência....
Helena - CHEGAAAAAA!!!! Que fiasco no aeroporto!
Lucas - ?
José - ?
Helena - Melhor ter mão, parecem dois salvage, agora não adianta jogar a culpa um no outro! Temos que esperar a minina.
Helena - Fiquem de olho, vou tomar um café.
Helena saiu e os dois...
Lucas - Ocê viu só?
José - Vi, não dá pra se meter com com essas duas, são de imbuança.
Lucas - Calma, vamos esperar a Gaúcha, ela é uma pessoa dereita.
José - Você? Rrrss, qual mulher você não defende?
Lucas - José, ocê respeita as mulher, senão vai ter briga comigo.
Helena - Mas adonde voces dois saíram? Nem parecem poetas, entonce vão continuar brigando?
José - Tá certo
Lucas - Tá bom
Lucas - Olhem, não é a Maysa?
José - Acho que é.
Helena - Voces não sabem nada mesmo, qualquer que apareça de prenda voces pensam que é a Maysa, mas não é, conheço ela, lá do Ceará.
José - Mas essa empresa é mesmo bola na rede.
Lucas - Ocê se inganou, é bola fora da rede.
Helena - Que bola na rede? O que é isso? Bem, deixa prá lá, não entendo nada de futebol mesmo.
José - Acho que esse aivião tá almocado em algum lugar.
Helena - Vira essa boca prá lá.
Lucas - Mas o que é isso? Ocê nem pensa nisso José.
José - Desculpe, saiu sem querer, é que tá demorando muito.
Lucas - Olhem, tá desembarcando um avião.
José - Será que é esse?
Helena - Tomara Deus, já me agastei.
Lucas - Calma Helena, vai dar tudo certo.
José - Não duvido que desça do avião, montada no cavalo, rrss.
Helena - Olha, tem uma lá, que é a cara da Maysa, mas tá tão diferente!
Lucas - É a Maysa, não me engano, sou observador.
José - É demais, metido a entendido de mulher.
Lucas - Ocê, respeita as mulher, não disse isso, elas que me acham entendido.
José - Também, fica fazendo trova pra cada uma delas, elas te puxam o saco.
Lucas - São poetisas, mais respeito José, não puxam o saco, ocê tá com ciúme.
Helena - Mas Deus do céu, paremmmmm os dois, adonde eu tava com a cabeça, quando combinei esse encontro?
Helena - Não pode ser, é igualzinha, mas não parece aquela prenda que vi de facão, bota e espora arriba daquele cavalo!
Lucas - Tenho certeza, é a Maysa, com a mala de rodinha cinza.
Helena - Você me faz rir Lucas, a Maysa não tem essas frescuras, achas que ela vem com malinha de rodinha?
Lucas - Pode não ser fresca, mas é ela, a não ser que tenha uma irmã gêmea.
José - Lucas, você é muito saído.
Helena - Mas entonce o Lucas tinha rezão? É ela, mas não tá de prenda, será que ela me viu?
José, Lucas - Nos viu, Helena
Helena - Eu rio de voces, adonde ela conhece voces?
José - Já sei a demora, ela tá esperando desembarcar o cavalo, rrss.
Lucas - José, mais uma, ocê vai se ver comigo.
Helena - Aiii, haja paciência com voces dois!
Helena - Ela tá vindo, só pode ser ela...mas tá tão diferente vestida com aquela roupa? Se for ela, vai me conhecer.
Lucas - Ocês não pensam, eu vou lá e pergunto se é ela.
Helena e José não tiveram tempo de falar, Lucas tomou frente da coisa.
Chegou na frente da tal possível Maysa e perguntou?
Lucas - Olá, ocê é a Maysa?
Maysa - Mas bahh, tchê e como não? Como me conheceste?
Lucas - Rrrss, nunca me engano.
Maysa, Lucas - Se abraçam!
Maysa - Que prazer em te conhecer!
Lucas - Eu também, sabia que era ocê!
Helena - Mas que frescura é essa?
Maysa - Helena! Que saudade! Desde a última vez, que estive lá no Ceará.
Maysa, Helena - Se abraçam muito, pois já se conheciam.
Maysa - E o José, não veio?
José - Vim, tô aqui, você que não me viu!
Maysa, José - Se abraçam!
Maysa - Mas bahh, que negócio é esse de avião? Que coisa bem ruimmm, me dói os ouvidos e balança só não cai.
Helena - Deus do céu!
Maysa - O que?
Helena - Deus do céu...rrss, que bom que estamos os quatro juntos, a impossível hipótese.
Maysa - É mesmo, nem parece verdade, mas o que se faz aqui no Rio de Janeiro? E por que Rio, se o que tem aqui é mar?
Lucas - Vamos sair do aeroporto.
José - Deixa que eu levo a mala.
Maysa - Nós vamos a cavalo? Deixei meu Pingo lá.
Lucas - Rrss, não Maysa, nós alugamos um carro.
Maysa - E quem vai dirigir?
José - Eu Maysa.
Maysa - Esse negócio movido a motor, não vai dar certo, já passei por esse avião, agora carro, eu mereço.
Helena - Calma minina, não vai acontecer nada.
E se foram os quatro de carro, passeando pela beira-mar do Rio de Janeiro, Maysa olhava tudo espantada, com as bunds de fora. Os homens sem camisa, só de calção, e pensava, mas que gente pelada tchê, será que não tem dinheiro pra comprar roupa? Mas que barbaridade, aquela então, tá dizendo, vem...
Helena - O que tanto pensas?
Maysa - Que aqui, ninguém pensa em se vestir.
Helena - É o calor
Maysa - E daí, só por isso, não se vestem?
Helena - Olha a paisagem, Maysa, veja que linda!
Maysa - Gente, a Juli mora aqui no Rio, será que ela anda pelada também?
Helena, Lucas, José - Riam
Maysa - Olha aqui, não estou vestida de "palhaça", do que riem?
Helena - Do seu jeito Gaúcho, Maysa.
Maysa - E Gaúcho tem jeito?
José - Vamos levar essa Gaúcha para almoçar.
Lucas - Tá com fome Maysa?
Maysa - Depende.
Helena - Já sei, ela foi na minha casa, estava louca de fome, quando eu ofereci as comidas, ela me veio perguntando pelas poesias, e contando histórias da terra dela e se mandou porta fora. Vamos levar essa prenda numa churrascaria, ela precisa comer um boi.
Maysa - É isso, dois bois.
Chegaram na currascaria, fila, estava lotada, ficaram debaixo de sol quente esperando para almoçar. Maysa acostumada com o frio, estava derretendo, já nem falava mais.
José - Maysa, você parece macacoa.
Maysa - O que? Tá me gozando José? Me achas com cara de macaca?
José - Perguntei se você está indisposta.
Maysa - Hã, muito calor, tchê, como vivem nessa terra?
José - Como eu vivo na minha.
Maysa - Mas a tua é quente também?
Helena - É, Maysa, igual a minha.
Maysa - Mas nunca faz um friozinho com um vento geladinho?
Lucas - Não, Maysa, só na minha terra, mas não é sempre e nem como é na sua.
José - Melhor pedir uma água gelada pra Maysa, ela tá biqueira.
Maysa - Água nem pensar, só pra tomar banho e escovar os dentes, tem gosto de esgoto, sou viciada em refrigerante de cola-light.
Lucas - Chamaram nosso número, mesa pra quatro pessoas, vamos.
Entraram se acomodaram na mesa, Helena sentou-se ao lado de Maysa, as duas de frente para José e Lucas.
Lucas - O que vais beber Helena?
Helena - Água, sem gás.
Lucas - E ocê Maysa?
Maysa - O mesmo que falei lá fora.
Lucas - E nós José?
José - Com esse calor, cerveja bem gelada.
Lucas - É vai bem.
Foram servidos de bebida e começaram a falar sobre o Recanto.
Lucas - E aí, Maysa? Cadê os textos de dar nó na cuca e de enrolar a língua?
Maysa - Dei uma parada de dar nó na cuca e de enrolar a língua de quem lê, tô pensando tchê, em mudar o rumo da prosa.
Maysa - E tu Lucas, fazendo Trovas pra mulherada? Ou trovando a mulherada?
Lucas - Que isso, ocê não pensa errado, faço homenagem as poetisas do Recanto.
José - Não vai atrás desse brocoió, faz mazaroio.
Lucas - José, ocê tá pedindo.
Helena - Entonces? Vamos comer ou deixar pra despois?
Maysa - Mas bahh, tchê, se não vier esse churrasco agora, faço um fogo no chão e asso qualquer carne.
José - Então vira seu cartão Maysa.
Maysa - Que cartão?
José - Esse vermelho que tá do seu lado.
Maysa - O que, esse guardanapo?
José - Isso não é guardanapo, vire, do outro lado é verde.
Maysa - Sim, e daí? Guardanapo de duas cores.
José - Não, Maysa, do lado vermelho é que você não quer comer, do lado verde é que você quer comer.
Helena - Vixê Maria, mãe de Jesus, essa minina!
Maysa - Mas o que? Sinal de trânsito pra comer? Manda baixar a carne no meu prato, deixa comigo, hó seu garçon...me traz esse churasco, sem essas frescuras.
Helena - Psiuuuu, não me faz isso minina.
Maysa - Comer é simples, porque complicam?
Lucas - Eu sabia que isso aconteceria.
José - Mas o que se pode esperar de uma matuta dessas?
Lucas - Ocê não exagera José, vê como fala das mulheres.
Helena - Vão começar?
Maysa - Começar o que Helena?
Helena - Mas, você não sabe, esses dois já me tromentaram o que deu.
Maysa - Olhem, chegou o boi! Ahhh, não, quem corta minha carne sou eu, espera seu garçom, eu trouxe o facão!
Helena - Maysaaaa, sentaaa!
Maysa - Mas bahh tchê, o que foi?
Helena - Te aquietes, coma como todos! Como que me trazes o facão minina?
Maysa - Nunca ando sem.
Lucas - Maysa, calma, coma sua carne, agora só vai parar de vir se ocê virar o cartão.
José - É, deixe sempre no verde.
Maysa - Pô, mas nem terminei de comer e estão me servindo? Não estão vendo que meu prato, tá cheio? Esses garçons não sabem servir...mas eu vou enlouquecer eles.
Helena - Maysa!
Maysa - E aí José? Andaste sumido um tempo do Recanto, eu gostava do tempo que tu te inspirava nas poesias que eu escrevia, depois eu me inspirava nas tuas inspirações.
José - Pois é, andei muito vexado, com coisas acumuladas pra fazer, mas Maysa, que tanto você vira e desvira esse cartão quando os garçons chegam perto?
Maysa - É? Nem me dei conta.
José - O inspirado aqui é o Lucas, ele que é o bode do Recanto. O abagão badejo.
Lucas - Olha aqui José, ocê toma banho-de-sargento, senta do meu lado com catinga e com sua bizarria, vem fazer banzé?
Helena - Mas Santo Deus, voces dois não vão parar? Assim nem dá pra comer direito, já estou ficando tiririca, se continuar essa coisa eu vou embora!
Maysa - Calma Helena, deixa eles, conversa comigo, eles que briguem.
Helena - Mas entonce pra que juntar os quatro? Pra gente ver briga?
Maysa - É, não sei o que deu neles, pareciam tão comportados no Recanto.
Lucas - Também não é assim, o José provocou o tempo inteiro.
José - Você, que é um treloso.
Maysa - José, se tu morder a língua, morres envenenado.
Lucas - Isso Maysa, me defende desse carne-de-vaca.
Maysa - Olha, vou mandar um Boi-Vaquim, pra sossegar voces.
Lucas,José,Helena - O que é isso?
Maysa - É um Boi que tem lá na minha terra, esse Boi tem asas e guampas de ouro. Mete medo nos camponeses, porque faísca fogo das pontas das guampas e tem olhos de diamante. É preciso ser muito bom, muito forte e muito corajoso para laçá-lo e estar montado num cavalo bom de patas e de rédeas.
José, fazia paluxo e pantim.
Lucas, disse ser uma pantomina.
Helena - Vixê, isso é história pra boi dormir. Lá na minha terra, tem um monstro horrível, que bota fogo pelo nariz e pela boca. Entra na casa das pessoas durante a noite, é o tal de Cabra-Cabriola e para pegar esse monstro, precisa ser cabra-da-peste.
José, Lucas - Essa duas, tem uma imaginação!
Maysa - Deixa Helena, vamos mandar nossos Bois e Monstros no quarto deles a noite.
Helena - Eu vou rir muito, da cara de apavorados.
Lucas - Ocês podem mudar o rumo da prosa?
José - Essas historinhas, não passam de porroia.
Helena - Entonce se voces pensam assim, porque brigaram até agora? O que nos trouxe aqui?
Maysa - É, até agora não vi nada do combinado.
José - Então vamos fazer o combinado, cada um tem que fazer uma poesia, um poeminha, pode ser de três linhas.
Helena, Lucas, Maysa - Ok, combinado, quem começa?
José - Aquele que estiver com o poema pronto.
Lucas - Eu começo,
"Nas belezas
Das mulheres
Elas, são altezas"
José - Só podia! Só sabe fazer, homenagens as mulheres,
Helena - Pára José.
Maysa - Faz o teu José.
Helena - Eu faço o próximo.
"No meu jarim
Flor carmim
Só pra mim"
Maysa - Etta, inspirados.
José - Eu faço o próximo.
" Eu não sou ralé
Por isso, no meu pé
Não tem chulé"
Helena, Lucas, Maysa - Aii, José!!!
Maysa - Agora só falta eu,
"Lá no meu Rincão
Pego Guapo no facão
E levo pro bailão"
Helena, Lucas, José - Aii, esse nãooo!!!
Helena - José e Maysa, estão desclassificados, pelo mau gosto.
Lucas - Concordo Helena.
Maysa - Estou farta, acho que comi três bois, isso que virei meu cartão toda hora...rrss, deixei aquele garçon, tonto.
José - Estão todos mazaroios, vamos embora.
Passearam a tarde inteira, foram levar Maysa para ver o Cristo, desastre total, Maysa queria escalar o Cristo, teve que ser segurada, pelos seguranças. Puxou o facão, e disse que não saía, porque foi no Rio para subir no Cristo, fez a maior confusão, já tinham chamado a polícia, dizendo ter uma maluca querendo subir no Cristo, sem cordas, mas ela disse que viu na televisão e queria fazer igual. Só obedeceu aos gritos de fúria da Helena...desceu ligeirinho.
Helena, pegou a Maysa pelo braço e levou embora antes que a polícia chegasse.
Lucas e José, apavorados com o comportamento de Maysa, não sabiam, que ela tinha essas manias, disse ela que estva acostumada no mato, subindo em árvores e que nunca caiu.
Todos entraram no carro, Maysa resmungava o que não fez.
Helena - Mas Maysa, adonde você tirou essa idéia de subir no Cristo, você ficou atarantada, com muita comida?
Maysa - Eu vi na televisão o Renato Aragão na cabeça do Cristo.
Lucas - Mas ocê ficou maluca? Se ocê cai de lá?
José - Nunca vi nada igual na minha vida, além de matuta é maluca.
Helena - Chega! Vamos passear de carro.
Maysa pegou no sono dentro do carro, pois tinha comido muita carne e quando parou quieta, depois da loucura, adormeceu.
Lucas - Helena, porque a Maysa tá tão quieta?
Helena - Adivinha! Por que ela dormiu, né!
José - Só podia, acordada faz estrago.
Lucas - Não fale assim, José.
Helena - Não sei o que deu nessa minina, quando ela foi a cavalo pro Ceará, parecia tão responsável, era outra.
José - Outra maluca, de ir a cavalo do RS até o Ceará, só sendo ruim da cabeça.
Helena - Acho que ela sem o vestido de prenda e sem o cavalo, perde a personalidade, só pode ser isso.
Lucas - Deve ser, e também o avião pode ter mexido com a cabeça dela.
José - Só pode, nunca andou de avião, olhou pra baixo, pirou.
Andaram de carro até anoitecer, Maysa acordou e perguntou:
Maysa - Que horas são? E onde estamos?
Helena - São 20:00hs, estamos indo para o hotel.
Todos descansaram um pouco em seus quartos, só Maysa que já tinha dormido, que ficou passeando pelo hotel.
Lá pelas tantas, todos tomaram banho e se arrumaram para sair a noite.
Helena - Onde nós vamos?
Lucas - Não sei, precisamos combinar.
José - Sair pra comer, nem pensar.
Maysa - Vamos numa festa de embalo.
Helena - Que festa de embalo, você já embalou e nos embalou.
Maysa - Falo em dançar.
Lucas - Não sei nada de música.
José - Eu não sei dançar.
Helena - Isso não é problema, eu e Maysa sabemos.
Lucas - Vamos José, levar essas damas pra dançar.
José - Quero ver o que a Maysa vai aprontar lá.
Maysa - Vou dançar, voces vão ver.
Chegaram no recinto, se acomodaram em uma mesa, música no ar, gente dançando no salão...lugar mágico pra quem ama música e dança. Começou a tocar Boleros, Helena começou a sacudir os pezinhos debaixo da mesa. Maysa, só admirando o lugar, José de olho na Maysa, para ver o que ela iria aprontar pra eles três terem que segurar. Lucas também estava precavido para qualquer alvoroço, mas viu Helena sacudindo a vontade de dançar. Resolveu fazer seu papel de sempre, de Gentleman.
Lucas - Helena, me dás o prazer desta dança?
Helena - Claro, vamos.
Lucas e Helena deslizavam no salão ao som do Bolero, " Tu me Acostumbraste", Helena deu um Show de dança e continuou.
José e Maysa, nada de dançar. Maysa se levantou e José perguntou:
José - Maysa, onde você vai? Já vai aprontar?
Maysa - Que aprontar José, vou dar uma ronda, tu não sabes dançar, preciso de um parceiro.
José - Quer dizer que vais pegar um desconhecido?
Maysa - Só para dançar José, só dançar.
José - Te aquieta aí, você não é de confiança.
Maysa - Quer que eu fique esquentando o banco?
Começou a tocar um Tango, Maysa falou:
Maysa - Deu pra ti José, é nesse Tango que eu vou!!!
José - Calma sua maluca, eu faço o sacrifício.
Maysa - Mas tu não sabes dançar!
José - Quem disse?
E foram dançar o Tango, José sabia, mas não queria, pois não previa o que Maysa, podia aprontar, de dar uma louca nela, de dançar feito louca.
E feito louca dançou, todos dançaram ao som de um belo Tango, "Por una Cabeça", e muitos outros que vieram.
Lá pelas tantas trocaram de par, Helena com José, Lucas com Maysa e vararam a noite dançando um pouco de tudo.
No final, foram caminhar na beira da praia, Maysa não queria, tinha medo de peixe, Helena, Lucas e José, molharam os pés na água do mar, Maysa, ficou só na areia, longe dos peixes.
Conversaram de tudo um pouco, sentados na areia, fizeram outras poesias improvisadas, riram do dia que passaram juntos e já pensavam na despedida.
Helena - Apesar de tantas aventuras , valeu o encontro.
José - É valeu, foi muito bom ver voces.
Lucas - Eu nem tenho palavras, foi maravilhoso.
Maysa - Eu nem sei se falo, outro encontro comigo, vocês saem correndo!
Lucas, José, Helena - Nada disso, vamos voltar os quatro abraçados.
E foram os quatro abraçados, para o hotel, voltando cada um para suas escrivaninhas de suas casas...
Maysa Barbedo
Enviado por Maysa Barbedo em 17/12/2006
Reeditado em 28/01/2008
Código do texto: T320856
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