"POR NÃO TER O QUE FAZER"
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Jogando conversa fora, de repente me achei
Perdido na teia dos pensamentos meus.
No momento eu estava aonde ainda não sei,
Talvez até desfiando as linhas que o destino me deu.

Já havia procurado uma escada pra pintar o roda-pé
Que se sujara quando entornei o caldo da intolerância,
E para não ser injusto, nem impreciso até,
Peguei um alicate para extrair a diferença da distância.

Embora, antes tivesse ido, sem qualquer sucesso
A um banco de sangue buscar a chave para uma conta abrir,
E neste repente pelas paredes eu fui subir.

Não houve loucura no que fiz, nem retrocesso,
Aconteceu tão somente porque o tempo me sobrava,
Não por não ter o que fazer, eu só fiz o que não esperava.
             (ARO. 1995)
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Profaro
Enviado por Profaro em 01/11/2011
Reeditado em 25/05/2012
Código do texto: T3311004
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